Uma pesquisa realizada pela Global Learmer Survey e divulgada pela Person revela que os estudantes brasileiros estão mais preocupados com o aprendizado, mesmo em pleno período de pandemia da Covid-19.
Mesmo sendo a primeira etapa do estudo, o levantamento foi realizado junto aos estudantes do ensino superior e pais de alunos de ensino básico nos Estados Unidos, China, Reino Unido e Brasil.
De acordo com a pesquisa feita no Brasil, 67% dos estudantes universitários afirmaram que dão mais valor à educação neste momento de isolamento social.
Os mesmos jovens também chegaram a informar que têm desenvolvido habilidades relacionadas às tecnologia e também comportamentais com adaptação e flexibilidade durante a pandemia.
Para Juliano Costa, vice-presidente de produtos educacionais da Pearson Latam, “o motivo para esses estudantes estarem valorizando mais a educação pode ser explicado por alguns fatores como, por exemplo, as incertezas sobre o mercado de trabalho que foram intensificadas pela pandemia”, explica. “Esse cenário trouxe o medo do desemprego e mudanças na forma de trabalhar, assim como a descoberta de novas habilidades”.
Ao avaliar os pais, a pesquisa mostra que as famílias assumiram um papel mais ativo no processo de aprendizagem dos filhos — percepção de 90% dos entrevistados.
Ainda, segundo o levantamento, 97% acreditam que essa mudança será permanente e 87% também esperam que os filhos tirem lições desse período de pandemia com relação às questões sociais, por exemplo.
Segundo Juliano Costa, “o desempenho escolar dos alunos sofre influência da família e ou diretamente dos responsáveis pela educação em qualquer cenário, seja ele anterior ou durante a pandemia”, explica. “A escola desempenha papel importante na formação política, econômica, moral e ética do estudante, porém, ao passar mais de um ano em ensino emergencial remoto, esse papel foi concentrado quase que totalmente na família que não estava habituada a ter de se concentrar tanto na questão cognitiva quanto comportamental simultaneamente e 100% do tempo”, finaliza.