Abordar sobre a saúde íntima da mulher é ainda um grande tabu. Com o passar dos anos, durante o climatério, período de transição em que a mulher passa da fase reprodutiva para a fase de pós-menopausa, a situação pode ficar mais complexa.
A atrofia vaginal, também conhecida como vaginite atrófica, ocorre quando há o afinamento e a inflamação das paredes vaginais devido ao declínio do hormônio estrogênio, que deixa de ser produzido pelos ovários.
Segundo o ginecologista Luciano Pompei, a atrofia vaginal é um dos sintomas da pós-menopausa que, geralmente, acomete as mulheres a partir dos 50 anos de idade. Entre os sinais mais comuns estão a secura, queimação, irritação, coceira e dor durante a relação sexual. "É preciso ter consciência sobre essa doença e saber que existe tratamento", destaca o ginecologista.
Diagnóstico
O diagnóstico da atrofia vaginal é feito por meio da avaliação dos sinais e sintomas e exame ginecológico. "Uma das questões que dificultam o diagnóstico assertivo da atrofia vaginal é o fato de muitas mulheres acreditarem que os sintomas são parte natural do envelhecimento, o que não é verdade.
A vergonha de falar sobre o assunto, também costuma ser uma barreira para o tratamento. Sentir dor durante a relação sexual, por exemplo, não é normal. Todo e qualquer sintoma relacionado à saúde da vagina deve ser relatado aos profissionais de saúde", afirma o especialista.