1 - Sri Lanka
Com sua mistura de religiões e culturas, uma rica fauna e a amabilidade de seus habitantes, Sri Lanka foi eleito o melhor destino para 2019 no 'ranking' anual Best in Travel de Lonely Planet. O país vive uma nova renascença, incorporou o surf como novo atrativo turístico e melhorou suas comunicações (novas rodovias que reduzem os tempos em deslocamentos no interior do país), ao que se acrescentam novos hotéis, restaurantes e propostas de turismo sustentável, esportes na natureza, safáris fotográficos, cursos gastronômicos ou retiros de yoga. A antiga Ceilán é o novo país de moda, com zonas naturais de grande biodiversidade (elefantes e aves em Udawalawe, leopardos em Yala), monumentos como o templo do Dente de Buda (em Kandy) e o chamado triângulo cultural (Sigiriya, Polonnaruwa, Anuradhapura e Dambulla, na foto), patrimônio mundial. Além disso, seu passado colonial ressurge ao visitar as plantações de chá de Hill Country, que podem ser contempladas a bordo de um trem turístico.
2 - Alemanha
Em 2019, a Alemanha celebra o centenário do movimento artístico da Bauhaus. A festa durará todo o ano e servirá para dar a conhecer este movimento moderno fundado em Weimar em 1919 e que floresceu com a criação da escola de arquitetura, arte e desenho de Dessau. O regime nazista fechou esse centro em 1932, e em uns meses depois, em 1933, a recém aberta sede de Berlim. No ano que vem, serão inaugurados novos museus e haverá exposições dedicadas à Bauhaus nessas três cidades. Uma boa desculpa para viajar a Alemanha, ao que se acrescenta a celebração do 30º aniversário da queda do Muro de Berlim (em 1989), além de atrativos turísticos como as paisagens românticas do parque nacional de Dresde, descobrir a maravilhosa loucura do rei Luis II de Baviera em castelos menos abarrotados que o de Neuschwanstein, como o pequeno castelo de Linderhof, ou desfrutar da música na flamante Elbphilarmonia (Filarmónica do Elba), de Hamburgo.
3 - Zimbábue
O fim do mandato de Robert Mugabe em 2017 (após 37 anos) celebra-se com alegria neste país, um dos mais apaixonantes da África, com parques nacionais nos quais podem ser vistos com relativa facilidade cinco dos grandes mamíferos terrestres (elefante, rinoceronte negro, leão, leopardo e búfalo). Os turistas voltam agora a visitar o país para admirar a natureza selvagem do parque nacional de Mane Pools (na foto); sentir a mística do Grande Zimbabue, jazigo arqueológico patrimônio mundial, percorrer o parque nacional de Hwange para contemplar as grandes manadas de elefantes e, por suposto, as majestosas e espetaculares cataratas Vitória.
4 - Panamá
A cidade do Panamá, capital deste pequeno e estreito país centro-americano, celebra em 2019 cinco séculos de história. As celebrações culminarão no dia 15 de agosto, dia de sua fundação. O aniversário é uma boa desculpa para conhecer este país, no qual convergem dois oceanos, o Pacífico e o Atlântico. Aguardam ao viajante praias de areia branca, selvas tropicais onde ver araras e graciosos bugios e outros prazeres viajantes, como mergulhar no parque nacional de Coiba (na imagem) ou descobrir a cultura afro-caribenha no Festival de Diabos e Congos. E, por suposto, ver de perto a joia do país, o famoso Canal do Panamá e sua recente ampliação, uma obra de engenharia fundamental para o comércio mundial.
5 - Quirguistão
O turismo começa a descobrir este país da Ásia Central. Uma prova disso foi o grande número de visitantes durante os Jogos Mundiais Nômades, em setembro. Um território que convida especialmente aos fãs de paisagens montanhosas, o arvorismo —conta com mais de 2.700 quilômetros de rotas sinalizadas— e aos interessados nas culturas tradicionais nômades. Esperam locais como Karakol, epicentro para excursionistas; Biskek, a renovada capital; experiências como a nova rota da Ak-Suu-Transverse (115 quilômetros de grandes paisagens entre lagos remotos e bicos nevados que se percorrem a pé em sete jornadas), e a cidade histórica de Osh, integrada em outra época na mítica Rota da Seda. Também podem ser percorrido (a pé, a cavalo ou em bicicleta) as cidades Pamir-Alay e Tien-Shan, e dormir em uma 'yurta', acampamentos adaptados ao turismo. Embora uma nova estrada nacional e um novo programa de vistos eletrônicos simplifica o acesso e os deslocamentos interiores pelo país, Kirguistán é um destino no qual há que tomar precauções, e consultar previamente as recomendações do Ministério de Relações Exteriores.
6 - Jordânia
O país promove neste ano o Jordan Trail, uma rota de 650 quilômetros que se completa entre 36 e 42 dias, e que atravessa as paisagens do vale do Rift, entre canhões espetaculares, o ponto mais baixo do planeta (Mar Morto) e castelos da época das cruzadas. Trata-se de uma forma sustentável de desfrutar das principais atrações turísticas. A isso, somam-se os novos safáris fotográficos pelo deserto na reserva de Shaumari e rotas alternativas pela desértica Badía, uma desconhecida região que ocupa 80% do país. E, por suposto, experiências tão inesquecíveis como ver o amanhecer no canhão da antiga Petra, acampar com beduínos no Wadi Rum ou visitar a cidade dos mosaicos, Madaba.
7 - Indonésia
Este país do sudeste asiático conta com novas conexões por ar, terra e mar, e agora é mais fácil explorar suas paisagens. O viajante tem mais de 17.000 ilhas repletas de experiências únicas, como um encontro com orangotangos no parque nacional de Gunung Leuser, em Sumatra; uma imersão nas tradições tribais em Papúa; explorar as ilhas mais remotas de Fenda Ampat, ou visitar as maravilhas arqueológicas de Yogyakarta, como os templos de Borobudur. Uma das novidades é a recente inauguração do primeiro hotel cinco estrelas no parque nacional de Komodo, famoso por seu dragão e a clareza de suas águas.
8 - Bielorrússia
Os Jogos Europeus de 2019 se celebrarão em Minsk, capital de Bielorrússia. Será uma boa desculpa para descobrir um país que durante muitas décadas foi um dos menos turísticos da Europa, mas que ganhou muitos pontos ao facilitar a obtenção do visto para turistas. Assim, desde a modernizada Minsk, onde o antigo edifício da KGB e várias estátuas de Lênin convivem com bares da moda e animados cafés (sobretudo no verão), pode ser descoberto um país que conserva verdadeiro ar de fronteira soviética e é, em bom parte, um museu do que representou a antiga URSS. Brest conserva o ícone mais soviético: ‘Coragem’, na fortaleza da cidade (convertida em lenda quando um grupo de soldados resistiu aos nazistas na II Guerra Mundial), um colossal monumento que a CNN incluiu entre os mais feios do mundo. As duas grandes experiências bielo-russas são os bisões europeus da parte bielo-russa do parque nacional do bosque de Belavezhskaya e palácios tão fotogênicos como o de Mir, do século XVI.
9 - São Tomé e Príncipe
Este país africano, formado por duas ilhas de interior selvático localizadas no golfo da Guiné, está reclamando a atenção dos turistas. Bosques, montanhas, restos de plantações de cacau e café (lembrança do comércio de escravos) e costa magnífica para mergulhar. Príncipe se destaca por sua biodiversidade, os últimos restos de edifícios coloniais e praias bem conservadas, com locais para o paddle surf, como a Bahia das Agulhas e a Praia Banana, de areia dourada e palmeiras. Também poderemos nos alojar uma noite em uma antiga plantação, Roça BeloMonte, ou fazer uma trilha pelo sul da ilha de São Tomé.
10 - Belize
Ainda é um destino pouco visitado, apesar de ter um dos meios marinhos mais singulares de América Central. Sua costa caribenha está protegida pela segunda maior barreira de coral do mundo, conta com uma rede de grutas imensa e acessível, e restos muito importantes da herança Maia. O Governo de Belize promove a criação de novos ‘resorts’ ecológicos nos belos nas principais paisagens do país e refúgios na selva. Trata-se de um destino para amantes do mergulho e o ecoturismo. O visitante pode remar em kayaks, praticar mergulho no recife e visitar algumas das grutas mais espetaculares em Santo Inácio, além de conhecer antigas ruínas maias, plantações de cacau e, sobretudo, o Blue Hole Natural Monument, a imagem mais icônica de Belize, uma grande cova submarina de 124 metros de profundidade cujas paredes permitem imersões surpreendentes.