Os nova-iorquinos não precisarão mais da documentação de um médico ou profissional de saúde mental para alterar o próprio gênero na certidão de nascimento. Além disso, os pais poderão colocar um "X" para designar o sexo dos próprios filhos recém-nascidos.
Essas são as medidas adotadas pela cidade de Nova York e que entrou em vigor em 1º de janeiro de 2019.
"Hoje é um dia histórico para Nova York, sempre campeã mundial em questões de inclusão e igualdade", comentou o porta-voz da Câmara Municipal, Corey Johnson.
A proposta, que não reconhece a binaridade, foi aprovada com 41 votos a favor e seis contrários. Assim, os nova-iorquinos não serão mais tratados como se a identidade fosse uma questão médica.
A batalha pelo "gênero X" foi liderada pela advogada transgênero Carrie Davis, que afirmou que a decisão chega "em um tempo de perigo e incerteza em relação aos direitos dos transexuais americanos em nível nacional", referindo-se às políticas do governo de Donald Trump.
Alguns estados como Califórnia, Oregon e Montana já permitem a mudança de gênero na certidão de nascimento sem autorização médica, mas não preveem o sinal "X" ao invés de "masculino" e "feminino'.
Já na Itália, o ministro do Interior Matteo Salvini usou o Twitter para criticar a medida. "Enquanto trabalhamos para recolocar mamãe e papai nos documentos, outros eliminam masculino e feminino da certidão de nascimento... Não tenho palavras", escreveu na rede social.