Uma freira francesa, que recentemente comemorou seu aniversário de 118 anos com Vinho do Porto e chocolate, tornou-se a pessoa mais velha do mundo após a morte da japonesa Kane Tanaka, um ano mais velha, nesta segunda-feira (25).
Lucile Randon nasceu em 11 de fevereiro de 1904 em Alès (sul da França), uma década antes do início da Primeira Guerra Mundial. Agora vive em uma casa de repouso em Toulon, na turística Côte d'Azur francesa.
Irmã Lucile reside em uma casa de repouso em Toulon, cidade portuária no sudeste da França. Ela é parcialmente surda e usa cadeiras de rodas, mas gosta de manter a mente ativa.
A equipe do lar de idosos disse que ela ainda recebe uma taça de vinho todos os dias. "Sua taça de vinho a mantém e talvez isso seja seu segredo de longevidade. Eu não sei, eu não encorajo as pessoas a beberem uma taça de vinho todos os dias" disse um funcionário da casa de repouso.
"Ela está feliz", disse seu assessor de imprensa, David Tavella, à AFP. "Mas é apenas uma etapa, já que seu objetivo é derrotar Jeanne Calment", acrescentou, referindo-se à francesa que morreu em 1997 aos 122 anos em Arles (sul).
Embora nenhum órgão oficial atribua o título, a irmã Andrés se tornou a pessoa mais velha e "de longe", já que é seguida por uma polonesa de 115 anos, disse Laurent Toussaint à AFP.
Para este especialista, que participa na base de dados internacional da longevidade (IDL), a freira também tem "um registo civil verificado".
No passado, já aconteceu que pessoas mais velhas acabaram alterando os dados dessa base científica, depois de se tornarem conhecidas pelo livro dos recordes.
No dia 11 de fevereiro, Andrés comemorou seu aniversário com uma taça de Vinho do Porto e chocolate.
"Não suporto mais os convidados. Sou menos amigável", explicou a freira à AFP há algumas semanas.
"Sempre me admiraram por minha sabedoria e inteligência, e agora zombam de mim porque sou teimosa", acrescentou a mulher, atualmente cega e cadeirante.
Nascida em uma família protestante não praticante, a freira assumiu o hábito tarde, na congregação das Filhas da Caridade, e trabalhou até o final da década de 1970.