Mulher mais forte do Brasil tem 73 cm e precisa de apoio para competir

Camilla tem nanismo e retinose pigmentar, uma degeneração na retina que não possui cura, mas pode ser controlada por meio de tratamento.

forte | @donlimafotografias
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A paratleta Camilla Feitosa, 35 anos, de Nossa Senhora do Socorro, Sergipe, é considerada a mulher mais forte do Brasil na modalidade halterofilismo (levantamento de peso) e a 3ª menor do mundo! Exemplo de força e superação, a atleta de 73 cm de altura coleciona títulos e medalhas.

Camilla tem nanismo e retinose pigmentar, uma degeneração na retina que não possui cura, mas pode ser controlada por meio de tratamento. Para vocês terem ideia da força dessa mulher, Camillinha, como é carinhosamente chamada, pesa 21 quilos e conseguiu levantar 53 quilos!

Mas a nossa campeã enfrenta dificuldades como centenas de atletas brasileiros: falta de patrocínio e recursos financeiros. Em abril deste ano, do dia 7 ao 10, ela tem a competição da 1ª fase nacional do Circuito Loterias Caixa de Halterofilismo em São Paulo, o mais importante evento paralímpico nacional de atletismo.

Camillinha, como é carinhosamente chamada, pesa 21 quilos e conseguiu levantar 53 quilos! (Fotos: @donlimafotografias)

Porém, para que ela consiga ir em busca do ouro, Camilla conta muito com o nosso apoio. Os custos das passagens e da estadia são bem altos. Sem contar que em maio e julho, ela competirá respectivamente o Campeonato Brasileiro e a 2ª fase nacional do Circuito Loterias Caixa de Halterofilismo, ambos em São Paulo.

Dificuldades e preconceito

A paratleta contou que enfrenta diariamente preconceito, falta de recursos para os treinos, dificuldades para enxergar, por conta da degeneração na retina, de locomoção e muita falta de acessibilidade, seja nas ruas, no transporte, até dentro de casa e com roupas também.

“Geralmente, a pessoas que tem nanismo, tem por volta 94 cm de altura. Eu sou menor que isso, portanto, o desafio se torna maior ainda para sair de casa, pegar um ônibus, andar na rua”, contou.

Esporte ensinou que não existe limite

Ela conheceu o halterofilismo paralímpico há 3 anos, após acompanhar um amigo que é cadeirante numa atividade física. Foi quando o professor da academia, Felipe Aidar, incentivou Camilla a praticar o esporte, relatando que não existiam muitos atletas nessa modalidade.

Camilla tem nanismo e retinose pigmentar, uma degeneração na retina que não possui cura. (Fotos: @donlimafotografias)

Receosa, Camilla foi convencida após o professor mostrar vídeos de pessoas com nanismo que já eram campeãs.

“Eu pensava ser impossível realizar aquela atividade por causa das minhas limitações físicas e que bom pra mim que eu estava totalmente enganada. Através do esporte enxerguei com meus próprios olhos um mundo de possibilidades, um mundo no qual vidas são totalmente transformadas assim como a minha vida vem sendo transformada”, disse.

História de vida se tornou inspiração para outras mulheres

Hoje, Camilla realiza palestras para contar sua história de vida tão inspiradora! Ela ressalta como o esporte mudou a sua vida e que nada é impossível quando queremos.

Ela também lançou um e-book, onde relato parte da minha história de superação e como através do Halterofilismo paralímpico, me tornei a mulher mais forte do Brasil.

Com informações R7

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