Os transplantes de órgãos são muitas vezes a salvação de muitas pessoas. Uma pessoa, como eu ou você, pode salvar a vida de outras oito pessoas que estão numa fila, aguardando por um transplante. Ser um doador é fácil, basta avisar aos familiares sobre seu desejo de doar os órgãos. É algo fácil e indolor, afinal todo procedimento é realizado depois que o doador morre.
Apesar de ser uma dádiva receber um órgão, algumas pessoas esperam por anos para obter tal privilégio. Às vezes, algumas coisas não saem exatamente como esperado e os pacientes são surpreendidos! E foi esse o caso desse paciente de 53 anos que recebeu um pulmão e uma alergia.
Pulmão e alergia a amendoim
Uma mulher de 53 anos, que sofria de enfisema pulmonar, realizou o transplante do pulmão esquerdo. Tudo ia bem, até que apenas duas semanas após o procedimento cirúrgico, a mulher teve uma insuficiência respiratória aguda. A reação ocorreu imediatamente depois que a mulher comeu um sanduíche de amendoim.
Como ela não era alérgica, os médicos estranharam a reação. Ela não tinha sofrido com nenhuma erupção cutânea ou dor no estômago, mas a dificuldade de respirar era resultado de uma alergia a amendoim. Foi então que os médicos descobriram que o doador, um jovem de 22 anos, também era alérgico a amendoim. No entanto, reações desse tipo não são comuns. No entanto, não é a primeira vez que isso acontece.
Os médicos acreditam que o histórico familiar pode aumentar o risco de alguém contrair uma alergia através de um transplante. Além disso, as crianças são mais propensas a desenvolver as alergias, e o fígado é o órgão transplantado que mais pode causar isso. No entanto, os casos são muito pontuais e nenhuma dessas possibilidades são a regra nos demais casos.
Homem recebe fígado e alergia à castanha
Um outro caso de anos atrás também assustou os médicos. Um homem de 60 anos de idade, que havia recebido um fígado por meio de transplante, sofreu uma reação anafilática, 25 dias após a cirurgia. O homem havia ingerido alimentos que continham amendoim.
O senhor não sabia que seu doador, um garoto de 15 anos, era alérgico a amendoim. Não apenas era alérgico, como morreu com reação anafilática, muito provavelmente causada pela ingestão do amendoim. Depois do ocorrido, os médicos realizaram testes cutâneos no homem e descobriram que ele tinha desenvolvido sensibilidade não apenas ao amendoim. Como também à castanha de caju e às sementes de gergelim.
Na época do ocorrido, casos do tipo eram poucos. O caso pegou os médicos de surpresa. Felizmente, situações do tipo serviram de alerta para os médicos responsáveis pelo transplante. Agora é recomendado que os doadores devem ser examinados quanto as possíveis alergias e que os receptores dos órgãos devem ser informados caso exista alguma.