Para cobrir os custos do tratamento contra a leucemia, a assistente administrativa Josiane Siqueira, de 34 anos, que mora em Cuiabá, tenta arrecadar dinheiro. Inclusive, está organizando um festival de hambúrguer beneficente. O evento também deve servir para incentivar a doação de medula.
Ela foi diagnosticada com câncer em novembro de 2013. Ela deve passar por uma cirurgia para o transplante de medula óssea, em Curitiba (PR). Depois de ser operada, ela deve ficar no mínimo seis meses se recuperando na capital paranaense.
A data do procedimento cirúrgico deve ser marcada durante uma consulta no próximo dia 15, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná. “Se não achar um doador 100% compatível, vamos ter que fazer o transplante com alguém da minha família, que seja pelo menos 50%”, explicou.
Por causa do tratamento, Josiane recebe auxílio doença pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mas, segundo ela, o valor não é suficiente para custear o tratamento.
“Tem alguns meses que fatura do meu plano de saúde chega a superar R$ 1 mil. Os gastos com medicamentos giram em torno de R$ 300 a R$ 400”, disse.
O encaminhamento para o tratamento em outro estado se deu, pois, após o transplante, a paciente precisa passar por um período internada, até recuperar a imunidade. São necessárias também as transfusões de plaquetas e uma transfusão de sangue especial, a “transfusão irradiada”, que em Mato Grosso não é oferecida.
Josiane precisa de condições específicas após as sessões de quimioterapia. Ela não pode andar de ônibus, dividir banheiro com mais ninguém, e, se possível, voltar para casa em um carro particular, fator que encarece, ainda mais, o tratamento.
Em Cuiabá, ela morava com os pais e a filha, mas, com as possíveis complicações após as sessões do tratamento, se mudou para a casa da irmã. “Tenho muito apoio da minha família e amigos. Eles [o cunhado e a irmã] foram quase despejados de casa, por minha causa. Meu cunhado vai produzir os hambúrgueres e também temos feito salgadinhos”, contou.
A paciente já passou um ano em remissão, que é quando, após o tratamento, os exames não apresentam mais os sintomas da doença. Nesse tempo, ela voltou ao trabalho de assistente administrativa, mas, após três meses na função, em junho do ano passado, Josiane desenvolveu sintomas da leucemia novamente.
Atualmente, ela faz quimioterapia mensalmente e voltou a não ter sintomas do câncer. No diagnóstico dos médicos em Cuiabá, a única alternativa que Josiane tem de ser curada é a cirurgia.
A campanha #ForçaJosi tem também a vaquinha na internet. O festival de hambúrgueres acontecerá no dia 20 deste mês, na Igreja Evangélica Avivamento Vivo, no Bairro Cristo Rei em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.