Mulher da à luz aos 64 anos: ‘Vou viver até os 100 para criá-la’

Norma Maria de Oliveira conta que sofreu preconceito.

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“Vou viver até os 100 anos para criar a minha filha”, contou a advogada Norma Maria de Oliveira, de 64 anos, que deu à luz Ana Letícia de Oliveira Couto, que completa 4 meses em 10 de agosto. Norma fez uma fertilização in vitro com óvulos doados anonimamente e espermatozoides do companheiro, de 50.

Ao todo, pelo tratamento, desembolsou R$ 25 mil e disse que teve sorte porque engravidou na primeira tentativa. “Quinze dias depois do procedimento fiz um teste e deu positivo”, contou entusiasmada.

A advogada mora com a filha em João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais, e disse que o sonho foi gestado durante 30 anos e se tornou realidade em abril com a chegada de Ana Letícia, que está bem, apesar das dores de barriga comuns nesta idade.

Pior do que as cólicas, Norma disse que enfrentou preconceito, principalmente por parte de mulheres. “Uma chegou a me perguntar como eu tive coragem de ser mãe aos 64 anos”.

Aninha, como é chamada pela mamãe coruja, está esperta e vem se desenvolvendo bem. Quando nasceu, prematura, aos oito meses de gestação, pesava 1,7kg e media 43cm.

Na última visita ao pediatra, em julho, estava com 4,5kg e 54cm. “Mas, agora, eu acho que ela já está com uns 5kg”, disse a mãe orgulhosa.

Além de mamar no peito, Ana Letícia se alimenta de um leite especial, indicado pelo pediatra. Segundo Norma, ela mama a cada duas horas e não poupa a mãe de acordar na madrugada.

Durante a entrevista, além de olhar para o repórter a cada pergunta feita, Ana Letícia não dava trégua e exigia a mamadeira. Se Norma se descuidasse, ela ensaiava um chorinho.

Para aguentar o pique da filha, Norma contou que continua a fazer atividades físicas, apesar de ter diminuído o ritmo. Ela caminha diariamente cerca de dois quilômetros com a menina no carrinho e faz 20 minutos de bicicleta ergométrica, em casa.

“Sou muito disposta. “Não tenho empregada, cuido dela [Ana Letícia] e faxino a casa”, falou a mãe ao ser questionada se tem aguentado o ritmo de ser mãe.

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