Ainda está decidindo onde será a comemoração do Dia dos Namorados, mais tarde? Fique atento, pois os preços de serviços e presentes para a data romântica variam bastante, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (IBRE).
Enquanto programas culturais subiram muito mais do que a inflação, acumulada em 4,05% nos últimos 12 meses até maio, o tradicional motel teve deflação de 4,29% no mesmo período. O ingresso para teatro foi o item que mais encareceu (27,14%), seguido por show (12,92%) e cinema (6,91%). A inflação dos restaurantes foi de 5,73%, enquanto as refeições em bares e lanchonetes estão pesando 6,73% mais no bolso.
Em média, os preços para esta data subiram 4,78%, entre junho de 2016 e maio deste ano, de acordo com o IBRE/FGV. A alta foi puxada pelos serviços, que estão 6,14% mais caros.
A boa notícia é que os hotéis e motéis estão, em média, 4,29% mais baratos. A alta nos presentes foi menor: de 2,56% em relação ao ano passado. Entre as várias opções, um dos destaques é o preço dos celulares, 5,16% menor.
"Os presentes subiram menos, mas possuem, em geral, elevado nível de preços. Os celulares, por exemplo, estão mais baratos, mas o custo de um bom smartphone pode ser superior a R$ 1.000. A esse preço os financiamentos são muito utilizados, mas ainda que os juros estejam recuando, o desemprego está inibindo a compra de bens de alto valor", explica André Braz, coordenador do IPC do FGV IBRE.
O momento não é ideal para assumir dívidas. "Nesse caso, só o consumidor que possui dinheiro para a compra à vista deve aproveitar. Compras a prazo vão exigir comprometimento da renda a longo prazo, e a situação do mercado de trabalho não está confortável para que se contraia dívidas longas. Os juros ao consumidor estão caindo mais lentamente, pois a inadimplência aumenta com o desemprego elevado", disse.