Um empresário israelense que ficou bilionário atuando no comércio de diamantes morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória durante uma suposta cirurgia de aumento peniano, conhecida como faloplastia, realizada em uma clínica na famosa avenida Champs-Elysées, em Paris, no último sábado (2). A notícia da estranha morte de Ehud Arye Laniado, 65, correu o mundo e, claro, foi parar nos principais tabloides. Mas, nem tudo está claro na morte do bon-vivant.
Laniado era dono da Omega Diamonds, uma companhia belgo-israelense de comércio de diamantes com sede na Antuérpia, na Bélgica. O empresário era conhecido por ter um estilo de vida extravagante. Segundo seus amigos, ele era muito vaidoso e se achava baixinho. Além disso, era conhecido como "o Argentino", porque se parecia com um dançarino de tango, com seu bronzeado e cabelo penteado para trás.
Um funcionário da empresa, muito ligado a Laniano, contou ao jornal belga "Het Nieuwsblad" que o empresário constantemente ia ao cirurgião plástico e que ele morreu durante a cirurgia. A mesma informação sobre a operação também foi passada por outro funcionário da empresa ao jornal "Le Soir". A empresa, oficialmente, não confirma se houve o procedimento.
"Laniado era muito baixo e tinha muito complexo. Por causa da altura, não conseguiu ser paraquedista no Exército israelense", contou o homem que não quis se identificar.
A morte do empresário, no entanto, está cercada por dois mistérios. Segundo o jornal "Le Soir", a clínica onde a cirurgia ocorreu demorou uma hora para chamar o serviço de emergência, enquanto realizava massagem cardíaca para reanimar o paciente.
Um comerciante de diamantes da Antuérpia que não quis se identificar afirmou ao "Le Soir" que Laniano, que estava no segundo casamento, estava "feliz no amor". "É totalmente incompreensível. Ele estava contente no amor. Homem bonito, ele sempre teve sucesso com as mulheres", disse.
Laniado, que começou a vida como massagista em um hotel em Tel Aviv antes de embarcar no comércio de diamantes brutos em Antuérpia, estava vivendo em Mônaco, em uma cobertura que vale cerca de US$ 56 milhões (R$ 215 milhões). Ele se dizia aposentado após um escândalo de evasão de divisas na Bélgica, em um processo milionário que quase custou a reputação do bilionário.
Em 2015, Laniado vendeu o diamante mais caro do mundo, o Blue Moon, por US$ 68 milhões (R$ 261 milhões) ao empresário de Hong Kong Joseph Lau Luen Hung.