As primeiras imagens e impressões que temos de uma morsa é de um animal grande, pesado e calmo ou, para dizer o mínimo, preguiçoso e incapaz de ataques ferozes. Se essa também é sua impressão, você está enganado e um episódio que aconteceu com um grupo de pesquisadores e jornalistas russos na semana passada pode te provar isso. A notícia é do Mega Curioso.
Enquanto estava em uma expedição científica ao Círculo Polar Ártico para tentar refazer a rota adotada pelos exploradores do século XIX, um barco foi atacado e afundado por uma mãe morsa. A expedição, conduzida pelo barco russo Altai, fez diversas paradas no caminho para que o grupo pudesse estudar as geleiras, a flora e os animais.
Em cada parada, eles eram transportados do barco até o local da parada por um rebocador inflável. Tudo corria bem até Cape Geller, em Wilczek Land. Eles já estavam na embarcação inflável quando foram atacados com fúria por uma morsa. O ataque foi tão violento que o bote afundou. Já os passageiros foram rapidamente evacuados em segurança para a costa por militares da Frota do Norte da Rússia.
A morsa também saiu ilesa do ataque e os observadores acreditam que ela tenha atacado o grupo na tentativa de proteger seu filhote. O comportamento é bastante comum entre as morsas mães, que atacam embarcações quando sentem que seus filhotes estão ameaçados.
Embora não estivesse no barco russo, Lori Quakenbush, bióloga do Programa de Mamíferos Marinhos Árticos do Departamento de Peixes e Animais do Alasca, disse ao Gizmodo que é preciso ter cuidado e atenção no momento da pesquisa em campo para não ficar em um local rodeado de gelo e com morsas, sem uma rota de fuga segura. “Os filhotes são curiosos e se aproximarão de um barco, o que torna a mãe agressiva para defendê-lo”, explicou. Segundo comunicado divulgado pela Frota Norte, a expedição foi retomada após o incidente.
A população de morsas tem sido profundamente afetada pelas mudanças climáticas e estão vendo seu habitat natural diminuir a cada dia, com o gelo do Ártico derretendo em um ritmo preocupante. Com isso, elas se veem obrigadas a reunir seu grupo nas margens, o que deve promover encontros mais constantes com seres humanos