Modelo provoca ira ao posar nua em local sagrado de Jerusalém

O local é sagrado para judeus e muçulmanos

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Uma modelo belga está provocando a ira de religiosos e autoridades laicas ao posar nua com o Muro das Lamentações, em Jerusalém, ao fundo. Marisa Papen, que costuma posar nua mundo afora, postou a foto no seu site no último sábado (23), como parte de um ensaio em Israel assinado pelo fotógrafo Mathias Lambrecht.

"Primeiro, não julgue um livro pelo título. Isso o envergonha, querido leitor. Você vai talvez descontar em mim porque fiz algo desrespeitoso, pelo qual eu deveria arder no inferno", escreveu a modelo em um blog. "Sei que a minha caixa de email estará cheia de ameaças e ira novamente. Para as pessoa que estão destilando a sua fúria agora, poupem energia. Eu sequer abrirei as mensagens", continuou ela.

O local é sagrado para judeus e muçulmanos. O ângulo da foto exclui o Domo da Rocha e o Monte do Templo, outros locais sagrados para fiéis.

De acordo com a modelo, a foto foi tirada em 14 de maio, durante as comemorações dos 70 anos da fundação de Israel. Ela foi clicada no telhado do Simchat Hall, que garantiu não ter qualquer envolvimento no ensaio.

"Esse é um incidente embaraçoso, grave e lamentável, que ofende a santidade do local e os sentimentos daqueles que o visitam", disse o rabino Shmuel Rabinovich, de acordo com o jornal "Times of Israel".

A belga disse que, ao chegar a Israel, não tinha em mente a foto. Ela acrescentou, entretanto, que, em determinado momento da viagem, quis fazer uma espécie de pronunciamento religioso que "cruzasse a fronteira". Marisa se defendeu, afirmando que exibe "uma religião pessoal num mundo em que a liberdade está se tornando artigo de luxo".

A modelo já teve problema durante ensaio no Egito no ano passado. A belga acabou presa após posar para ensaio nu no antigo templo de Karnak, em Luxor (Egito), como parte de um ensaio em cartões-postais do país do Norte da África. Marisa tentou voltar ao Egito, mas foi barrada pela Imigração. Ela disse que pretende retornar a Israel.

"Se foi autorizada, eu adoraria", afirmou, acrescantando não ter tido a intenção de ofender ninguém com a foto. "Minha intenção era apenas fazer as pessoas verem os seus corpos de uma forma diferente", finalizou.

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