Enquanto era apenas um bebê, Olivia Farnsworth chamava a atenção de sua mãe por não chorar e não dormir durante o dia. Em determinada fase de seu desenvolvimento, Olivia chegou a ficar três dias inteiros sem dormir, além de não demonstrar interesse por nenhum tipo de alimento.
Aos sete anos de idade, a menina foi diagnosticada com uma condição rara: a ausência de um cromossomo a impede de sentir fome, fadiga e dor. Chamada de menina biônica, Olivia pouco come ou dorme.
Ela foi levada aos médicos depois de ter sido arrastada por um carro durante um acidente de trânsito. Surpreendentemente, a menina não derramou uma lágrima durante o ocorrido e não se queixou de dor. O impacto não provocou lesões graves.
Olivia tem uma condição descrita como exclusão do cromossomo 6. Até o momento, ela é considerada a única pessoa do mundo com esta doença.
Como vive a menina biônica?
A menina agora toma medicação para dormir. De acordo com seus familiares, ela costuma apresentar algumas explosões de raiva, mas, na maior parte do tempo, é uma criança feliz e normal.
Olivia foi apelidada de menina biônica e tem recebido a ajuda de um grupo de apoio voltado a pessoas com doenças genéticas. Segundo a Dra. Beverly Searle, Olivia é um caso raro no mundo. Dos 15.000 casos de transtornos cromossômicos presentes em um banco de dados mundial, apenas 100 estão relacionados à eliminação do cromossomo 6.
As doenças cromossômicas não possuem tratamento eficaz e cura, mas apenas medidas para aliviar os sintomas. Sendo assim, a condição de Olivia será permanente até que os médicos e pesquisadores encontrem respostas e tratamentos para esse tipo de doença.