Uma pesquisa na Universidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA), afirma que o riso pode reduzir o risco de doenças cardíacas. As pessoas que riram mais durante o estudo tiveram o risco de problemas cardíacos reduzido significativamente. Dar boas risadas pode ainda aumentar os níveis de colesterol bom no sangue, de acordo com o levantamento. Após um ano, o grupo que foi estimulado a gargalhar elevou seus níveis de HDL, o bom colesterol, em até 26%. No grupo de controle o aumento foi de apenas 3%.
Diversas pesquisas também comprovam que quando uma pessoa ri, o organismo libera endorfina, um hormônio que age como um “analgésico natural” e leva a uma sensação de bem-estar e tranquilidade, favorecendo a circulação sanguínea, que pode até mesmo inibir o estresse. Com todos esses benefícios, a ação tem uma data própria. O Dia Internacional do Riso é celebrado em 18 de janeiro.
A psicóloga Daniela Dias Barros Schmidt reforça esses estudos. “O humor é importante e vai dizer muito dos nossos comportamentos, da forma como agimos no mundo. O riso é uma importante fonte de bem-estar”, destaca ela. O último ano, porém, foi difícil para todos e afetou um pouco a questão. “Nesse processo de pandemia o nosso humor ficou extremamente alterado. Por muitas vezes nós perdemos a capacidade de sorrir”, relata.
Ela lembra que o riso é algo contagiante e que, para as pessoas estarem com ele sempre presente, precisam procurar seu bem-estar. “Devemos buscar um sentido maior de vida, o que meu trabalho vai me oferecer, minha família, meu lazer, a minha espiritualidade; pensar sobre o que isso tudo pode gerar de benefício para esse bem-estar”, analisa Daniela.
Daniela Dias lembra que esse é o caminho para manter o bom humor no cotidiano mesmo estando em casa, longe das baladas e das plataformas, e praticando o distanciamento social necessário nesse momento pandêmico. “A minha dica é buscar um processo de autoconhecimento em terapias, meditação, ioga e outras formas para que a gente encontre meios de ter esses momentos de bem-estar que sejam mais permanentes e não apenas por cinco minutos em uma rede social ou programa de entretenimento”, revela.