Uma mulher britânica causou polêmica ao publicar em um blog um texto contando que deixou seu bebê recém-nascido preso ao cordão umbilical e, à placenta durante seis dias.
Adele Allen afirmou que já havia feito isso com o primeiro filho, hoje com cinco anos, e que a prática não é tão incomum quanto muita gente pensa. Ela se chama nascimento de lótus e consiste em deixar que o cordão se desprenda sozinho do corpo do bebê.
" Os benefícios são os mesmos de esperar o cordão parar de pulsar para cortá-lo, o que garante que o bebê receba de 30 a 50% de sangue remanescente e, consequentemente, células-tronco. O resultado é a diminuição das chances do bebê desenvolver anemia e um aumento da imunidade a outras doenças. Afinal tudo que ele precisa está ali."
A jovem mãe ressalta os benefícios emocionais da prática.
" A conexão física entre o bebê e a placenta garante que o pós-parto não seja apressado desnecessariamente."
A mãe se refere aos momentos em que passou segurando o bebê e tendo os primeiros contatos pele a pele, que não foram interrompidos pelo corte do cordão. E afirma que o corte do cordão é um trauma para o bebê.
" Quando eu vejo vídeos de bebês nascendo e logo em seguida tendo o cordão cortado lamento que nosso sistema médico tenha essa urgência em provocar um trauma desnecessário à criança."
Para carregar a placenta junto com o bebê, Adele usou uma bolsa térmica, e colocou sal grosso e pétalas de rosas para evitar o mal cheiro. Ela afirma que não há risco de infecção pois o cordão umbilical para de pulsar logo depois das células-tronco forem todas para o bebê.
Médicos afirmaram que o nascimento de lótus é mesmo uma tendência entre algumas mães, pois houve um aumento na prática. Mas alertaram que há, sim, o risco de infecções, já que quando o cordão e a placenta param de pulsar, se tornam tecidos mortos e se não forem retirados a tempo pode colocar em risco a vida do bebê.