Você já pensou no seu testamento digital? Calma — ainda não é preciso decidir quem vai herdar os memes, a senha da Netflix ou as 1.529 fotos de comida do celular. Mas, assim como cuidamos do CPF e da senha do banco, também é importante pensar no destino da nossa vida on-line quando chegar o “logout” definitivo.
Ao contrário do corpo, que vai embora, os dados permanecem na nuvem — e com espaço praticamente ilimitado. E surge a pergunta: quem fica com as senhas? Diferente de bens como cachorro, casa ou coleções, as senhas do e-mail e do Instagram não entram automaticamente na partilha de bens. Cada rede social tem suas próprias regras para essa situação.
- Facebook permite transformar o perfil em “memorial”. Ou seja, você não posta mais, mas seus amigos continuam curtindo suas fotos “antigas”.
- Instagram e Twitter/X também aceitam perfis memorializados, desde que alguém comprove que você não está só hibernando.
- Google tem um recurso chamado “Gerenciador de Contas Inativas”, onde você escolhe quem recebe acesso ao seu Gmail, Google Drive e até aos vídeos não postados do YouTube. Sim, você pode deixar seu canal para alguém continuar postando vlogs no além.
A importância de planejar o pós-vida digital
Algumas pessoas já deixam registrado em testamento o que fazer com suas senhas, redes sociais, arquivos acumulados e todo o conteúdo produzido ao longo da vida. Outras contratam empresas especializadas em pós-vida digital, que guardam suas senhas e só as liberam quando é comprovado que o usuário realmente “subiu para a nuvem”.
E se você não fizer nada? Bem… muita coisa acontece. Seu e-mail continuará recebendo spam, seus grupos seguirão marcando eventos, e as mensagens vão ficar sem resposta — como sempre. Ou seja: seu corpo descansa em paz, mas seus dados permanecem imortais.
Por isso, talvez valha a pena reservar alguns minutos hoje para decidir quem vai cuidar de tudo amanhã — seja por amor à organização, seja por medo de alguém descobrir aqueles prints guardados.
(Com informações do Tecnolodicas/Extra)