Jurado se apaixona por assassina e a livra de ir para pena de morte

A mulher é condenada por matar o namorado com 27 facadas.

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A americana Jodi Arias, de 34 anos, do Arizona, foi acusada de matar o namorado Travis Alexander, de 30, num ataque de ciúmes. Jodi, que poderia ter sido condenada à morte, pegou prisão perpétua. O motivo: um dos jurados decidiu votar pela encarceramento pela vida toda, livrando-a  da sentença capital. Tudo porque ele ficou apaixonado pela acusada no tribunal.  

A revelação espantosa foi feita pelo promotor Juan Martinez, que vai lançar um livro em 2016 sobre os bastidores do caso que foi manchete dos principais jornais do mundo. Martinez diz em seu livro que um jurado ficou "perdidamente apaixonado" pela mulher. "O jurado não conseguia tirar os olhos de Jodi", escreveu no livro.

Mas o promotor não deu nome ao jurado. Quem decidiu contar a identidade dele foi outra jurada, Tara Harris Kelley, de 32 anos, que sentou-se no tribunal, durante o julgamento, ao lado do homem que se encantou com a assassina. Tara afirmou ao jornal americano que "Bill Zervakos, de 71 anos, foi um dos que votaram contra a pena de morte de Jodi”.

Tara esclarece: "Não li o livro, mas, baseado no que vi durante o julgamento, posso dizer com certeza que Bill foi esse jurado que tirou a acusada do corredor da morte”. "Jodi estava bem diferente do que era quando cometeu os crimes. Ela já não era loira, nem tão bonita, vistosa como era quando foi acusada de matar o namorado", lembra Tara.

Mas, ainda assim, Bill me disse que a achava bonita e atraente. Chegava a ficar observando para ela, enquanto os outros jurados nem conseguiam olhar", diz Tara. ”Não consigo ter o menor respeito por um homem que se apaixona por uma mulher acusada de assassinato", completa Tara.

O jurado apontado como o homem que se apaixonou pela negou o interesse pela assassina e mostrou-se indignado pela revelação. "Tenho 71 anos, como alguém pode inventar uma coisa dessas? Não tenho e nunca tive interesse por Jodi", assegurou. Tara discorda: "Ele me disse que se gabava de ser mulherengo e não ligava para o fato de a mulher ser uma assassina. Com certeza foi Bill quem evitou a pena de morte de Jodi"

"Isso tudo é ridículo. Votei pela prisão perpétua porque não concordei com os argumentos da promotoria", disse Bill a respeito do crime cometido por Jodi. Jodi está cumprindo pena pela morte do namorado e continua apelando para que sua sentença seja reduzida. O crime ocorreu em julho de 2008, em Phoenix, no Arizona, e chocou os Estados Unidos.

O assassinato ocorreu após Alexander ter dito que queria se mudar para o México com outra mulher. Alexander, o namorado, foi morto com 27 facadas em sua casa. Levou um tiro. A polícia disse que Jodi teria tentado decapitá-lo. Ela cortou a garganta dele.

Presa, Jodi negou o crime. Mas, durante o interrogatório, alegou. Policiais e investigadores presentes à confissão chegaram a dizer que Jodi "riu muito ao narrar os detalhes do crime". Anos depois, durante o julgamento, Jodi passou a pedir pela pena de morte "porque preferia não apodrecer na cadeia"

Um segundo júri foi formado, sem Bill Zervakos e Tara Harris Kelley, e novamente os jurados decidiram pela prisão perpétua.

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