Jovens se arriscam ao andar a mais de 30m de altura entre prédios em SP: 'Chamam de louco'

Flagrante foi feito no bairro Canto do Forte, em Praia Grande, neste fim de semana. Prefeitura disse desconhecer prática e que acionará órgãos responsáveis.

| Leonardo Mendonça/Arquivo Pessoal
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Um grupo de cinco jovens tem chamado a atenção de moradores e turistas em um bairro de Praia Grande, no litoral de São Paulo. De cima de dois prédios inacabados, e há quase 35 metros de altura, o grupo se desafia ao atravessar uma distância de 90 metros equilibrando-se em uma corda. Até amanhã deste domingo (13), a Prefeitura disse não ter tido conhecimento da prática.

O grupo é composto por moradores da capital paulista e também da cidade. Um dos integrantes, o professor de slackline Carlos Eduardo, de 23 anos, disse que a iniciativa surgiu após o grupo paulista assistir a um vídeo antigo em que mostrava outro esporte parecido sendo feito no mesmo local, no bairro Canto do Forte.

“Eles vieram para conhecer o lugar e para montar o slack e ver como era. Daí montaram um highline. Provavelmente, esse é o primeiro da Baixada Santista”, conta ele, que pratica o esporte há um ano e meio.

Segundo Eduardo, antes da montagem, todos eles verificaram itens de segurança necessários ao esporte. Presos à corda, que dá duas ‘viagens’ entre os prédios, os praticantes desafiam o medo ao andar por, aproximadamente, 90 metros de distância, a 35 metros do solo.

Reprodução/Praia Grande Mil Grau

Eduardo conta que a curiosidade movimentou a vizinhança do bairro. “Muitas pessoas ficam lá de baixo olhando a gente atravessar”, diz ele, que também revelou que equipes do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar também já pararam para vê-los. “Tiraram foto e ficaram olhando. Mas até agora, ninguém falou nada”, afirma.

Mesmo sem autorização para armar a corda no local, o grupo tem repetido a prática ao longo do dia. Leonardo Mendonça, de 19 anos, é um dos que tem praticado o esporte. Ele explica que é preciso ter conhecimento básico antes de sair andando em cima da corda, mesmo preso.

“Para praticar o highline, é preciso ter noções do slackline, que é semelhante. É um esporte que se aprende na vivência”, diz. Apesar de muitos considerarem a prática uma 'loucura', Mendonça conta não ligar para os comentários. “É uma sensação única a de caminhar entre dois pontos. Muitas pessoas, quase todas, me chamam de louco. Mas não ligo mais”, conta.

Questionada sobre a prática do esporte, a Prefeitura de Praia Grande disse não ter conhecimento, e explica que vai apurar os fatos, comunicar os órgãos responsáveis e tomar as providências cabíveis e legais. A administração reitera que práticas do tipo sejam informadas à Polícia Militar e Guarda Civil Municipal (GCM), nos telefones 190 e 153, respectivamente.

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