Não é mais possível negar o poderoso efeito curativo que a maconha e seus derivados possuem sobre diversas doenças. A frequência com que novos relatos de doentes que, sofrendo com males extremos, tiveram sua dor atenuada ou mesmo curada após o uso de algum derivado da cannabis nos faz crer que podem haver verdadeiras revoluções médicas a serem descobertas a partir da planta. O mais recente caso é do adolescente britânico Deryn Blackwell.
Em 2013, aos 14 anos, os médicos deram a Deryn poucos dias de vida. Lutando contra dois cânceres desde 2010, três anos depois restava ao jovem, segundo os médicos, a morfina para lhe aliviar a dor para esperar a morte. Rapidamente Deryn desenvolveu sinais de dependência de morfina, um forte e viciante opiáceo.
Foi aí que a mãe do menino, Callie Blackwell, depois de muita pesquisa, decidiu por lhe remediar óleo de cannabis por conta própria – conforme a própria mãe revelou recentemente.
Callie passou a medicar o filho às escondidas, valendo-se do diagnóstico de que Deryn estava à beira da morte para arriscar o medicamente à base de maconha.
Acontece que Deryn não morreu, e recuperou-se gradualmente, e hoje estuda e trabalha. Passados quase quatro anos, a mãe não tem dúvidas de que a melhora do menino está diretamente ligada ao tratamento com derivado da erva. Tanto o THC quanto o cannabidiol são elementos químicos ativos da maconha com capacidades curativas, segundo estudos.
Os oncologistas escutados pela imprensa britânica afirmam que não é possível confirmar a eficácia da maconha como tratamento a partir da história do menino – e que, para tal, será preciso realizar uma série de testes, exames e pesquisas em laboratório.
Seja como for, o número de casos similares torna evidente que há uma pesquisa enorme a ser realizada a partir da maconha. Quem sabe a cura doenças aparentemente imbatíveis não está escondida justamente em uma planta pouco testada, por ter sido mantida proibida por tanto tempo?