Em fevereiro de 2021, pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, publicaram um estudo sobre o caso de um jovem de 16 anos que tinha uma bala de chumbo alojada em seu nariz. O problema é que o projétil já estava lá há 8 anos.
Divulgada pelo jornal científico JAMA Otolaryngology, a pesquisa revelou que o garoto foi ao médico pela primeira vez por culpa da bala aos 15 anos. Na ocasião, ao reclamar de obstrução nasal e de um cheiro horrível, ele foi diagnosticado com hipertrofia turbinada — uma inflamação associada a alergias sazonais, segundo o UOL.
Com uma receita para medicamentos específicos em mãos, ele voltou para casa. Um ano mais tarde, o adolescente percebeu que o desconforto ainda não havia cessado e, dessa forma, decidiu ir para o hospital mais uma vez.
Na segunda visita, a pedido do médico, o paciente assoou seu nariz e, no mesmo momento, "um odor pungente e fétido encheu a sala", segundo descreveu a pesquisa. Exames foram feitos e, assim, descobriu-se a bala de 9 milímetros na cavidade nasal do jovem — onde havia se instalado quando o menino levou um tiro, oito anos antes.
Feita a descoberta, o paciente foi submetido a uma cirurgia para a retirada do projétil. Segundo Dylan Erwin, coautor do estudo sobre o caso, o “objeto estranho havia causado o bloqueio das vias naturais de drenagem no nariz, então há um acúmulo de muco, resíduos inalados e bactérias”, o que explicava o odor sentido pelo jovem durante anos.
Agora, de acordo com os especialistas envolvidos no estudo, o jovem já se recuperou do episódio. Após a cirurgia, inclusive, ele voltou a respirar e sentir cheiros normalmente — o odor fétido, por sorte, também desapareceu com o passar do tempo.