A bancária Beatriz Duarte, de 21 anos, durante sua infância e a adolescência, via a comida como sua válvula de escape. Não importava se estava feliz ou triste, ela descontava seus sentimentos nas refeições. Desde pequena, ela comia em quantidades absurdas e, conforme ia crescendo, o cenário permanecia igual. E assim seguiu por muitos anos – até precisar emagrecer. As informações são do IG.
Como consequência de toda essa alimentação desregulada, a jovem chegou a atingir os três dígitos na balança – e logo precisava emagrecer . “Lembro-me de pesar e ver 98 kg na balança, mas sei que engordei mais, pois tive roupas desse período que pararam de me servir. Acredito que cheguei a 103 kg. Tinha 16 anos na época e lembro como se senti por estar tão mal nessa fase”, diz.
A situação ficou pior na adolescência. Aos 14 anos, Beatriz comia batata frita todos os dias, além de salgadinhos, refrigerante, bolacha, arroz, pão e sorvete cheio de cobertura. E, às vezes, nem sentia fome. “Sofria muito na escola. Me sentia excluída e sempre fui motivos de piada. Eu era sem limites”, conta ao Delas.
Reprodução/Instagram/beesduarte
Durante anos, ela tentou diversas dietas - Dukan, da sopa, da lua e da USP - mas nada dava certo. “Sempre me senti extremamente frustrada. Ouvi vários comentários como ‘imensa desse jeito, daqui a pouco não vai sair na rua’ e várias outras coisas. Já não aguentava mais. Queria entrar na faculdade e me sentir bem comigo mesma”, ressalta.
Beatriz conta que, um belo dia, enquanto estava no Instagram, viu a publicação de uma moça que dizia “Quer emagrecer?”. Em seguida, ela deixou seu número de telefone nos comentários e logo entrou em um grupo do WhatsApp. “Ali encontrei carinho, amor. Eram mulheres que se ajudavam a ser melhores a cada dia e não faziam isso de forma terrorista”, aponta.
Entre as mensagens, elas falavam sobre alimentação saudável e, ao mesmo tempo, liberdade. “Comecei a me fortalecer e, consequentemente, a perder peso. Quando vi, já tinha perdido 20 kg em, aproximadamente, seis meses. Depois disso, o processo foi mais lento, mas era prazeroso”, indica.
Por lá, a bancária aprendeu a importância, conforme explica, do que era “comida de verdade”. Passou a consumir frutas, legumes, saladas, ovos e todos os tipos de carne. Nesse tempo, percebeu os perigos dos alimentos industrializados e, com o passar dos dias, foi os deixando de lado.
Reprodução/Instagram/beesduarte
“Tinha um lema na minha cabeça ‘se tem embalagem, devo ler o rótulo. Se tem mais de três ingredientes que não sei o que é, não como’. E foi seguindo essa lógica que passei a ter resultados. Nunca me preocupei com quantidades e, sim, com qualidade. Comer alimentos que tinham inúmeros ingredientes que a gente nem sabe o que é não faz sentido”, explica.
O resultado de todo o esforço pode ser visto na balança. Em um ano, se considerar os 103 kg iniciais, Beatriz chegou a eliminar 30 kg. “Nunca tive pressa. Tinha meses que perdi muito peso e meses que não perdi nenhum. Mas, como sabia o que estava fazendo, me sentia em paz”, afirma.
Hoje em dia, a jovem exibe sua mudança em fotos do Instagram e pesa 75 kg. “Atualmente, apenas mantenho uma alimentação saudável na maior parte do tempo. Tenho um pouco mais de liberdade com as quantidades, mas estou sempre atenta ao meu consumo total de alimentos no dia a dia”, expõe.
“Por regra, eu não deixei de consumir nenhum alimento. Eu tinha em mente que todas as dietas que já havia tentado me proibiram de comer alguma coisa e, toda vez que saía delas, não voltava nunca mais. Não eram sustentáveis no longo prazo. O que eu tentava e tento até hoje é ter equilíbrio”, destaca.
“Aprendi que, se eu quiser, posso comer uma pizza em um sábado ou comer um doce no trabalho, mas preciso ter noção das quantidades. Sei que, se vou sair para jantar fora, preciso controlar as porções durante o dia ao invés de comer o que quiser o dia todo e depois voltar para a dieta”, continua.
Além do cuidado com a alimentação, a jovem também pratica exercícios físicos e vai à academia. Ela faz musculação ou alguma aula de treinamento funcional três vezes por semana. A atividade física começou após ela já ter perdido mais ou menos 20 kg – época em que o peso começou a demorar para mudar.
Por fim, Beatriz dá um conselho para quem quer emagrecer . “Sua saúde mental é muito mais importante que qualquer aparência física ou externa que você possa ter. Tenha muita atenção na sua alimentação. É ela quem fará toda diferença para o resto da sua vida, mas nunca deixe momentos importantes da sua vida passar por causa de determinada dieta”, diz.
“Se estiver na casa da sua avó/mãe e elas fizerem uma comidinha pra você, coma. Elas não estarão lá para sempre e você sentirá falta disso. Tenha equilíbrio, mas não seja extremista. Se um dia quiser mudar seu corpo, faça isso por você, seja a sua motivação, seja o seu orgulho e não olhe para o lado. Nunca estarão satisfeitos. Faça tudo isso – e não tem como dar errado”, finaliza.