Ela tem 364 mil seguidores no Instagram, posta selfies diariamente, que ganham milhares de likes. Tem fãs virtuais, perfis fakes, haters, e é reconhecida nas ruas com frequência por seus posts. A paulistana Patrícia Kimberly, 34 anos, é uma influencer, mas das mais incomuns: em vez de roupas de grife ou maquiagens, vende programas.
Prostituta há 15 anos, descobriu, há quatro, a chance de aumentar a clientela – e os ganhos – nas redes sociais. Atualmente, uma hora com ela sai por R$ 500, o dobro de antes de criar perfis profissionais nas redes. No Instagram, por exemplo, mostra os lugares que frequenta. Há desde uma foto montada em um touro mecânico em formato de pênis pink até inúmeros closes de seu bumbum, passando por atividades triviais como selfies na piscina com as amigas ou na academia. Todas as poses, claro, são provocantes, e Patty está sempre vestida com roupas justas ou decotadas.
As legendas acompanham a ousadia: “Carinha de quem quer aprontar”, “Obrigada meu lindo pela noite, foi um prazer conhecer você”, “Fim de tarde, início de noite... que tal uma cama você e eu? Faremos tudo que a nossa imaginação mandar”. E assim por diante. “Um cliente me disse para investir nas redes sociais para divulgar meu trabalho. Foi a melhor coisa que fiz. Tem dia que fecho cinco jobs pela web. Estou na melhor fase. Até porque ninguém para de fazer sexo na crise”, diz, aos risos.