Martin Shkreli é conhecido como “o homem mais odiado da internet” porque sua empresa aumentou em 5.000% o preço de um remédio usado no tratamento da AIDS e na recuperação pós-transplantes. Nos últimos dias, ele voltou aos noticiários após a Justiça ter determinado confisco de seus bens e, agora, seu nome vem à tona outra vez após a sua condenação a sete anos de prisão por fraude.
Apesar de a defesa alegar que ele deveria ser sentenciado a apenas 18 meses, a promotoria pública pediu uma condenação de 15 anos e, mesmo depois de um suposto choro por parte de Shkreli enquanto pedia a leniência do juiz, ele foi condenado a sete anos de reclusão.
Em agosto de 2017, Martin Shkreli foi condenado por conspiração para manipuar ações com a sua empresa Retrophin, também da indústria farmacêutica. A nova condenação acontecer por fraudes realizadas em dois fundos de cobertura comandados por ele, MSMB Capital e MSMB Healthcare, em um esquema do tipo pirâmide por meio do qual ele enganou investidores. Ao todo, ele foi condenado em três das oito acusações feitas pela promotoria.
Além de ter se tornado notório por aumentar de forma exorbitante o preço de um remédio cuja pílula deixou de custar US$ 13 para ser vendida a US$ 750 da noite para o dia nos EUA (depois o preço foi reduzido pela metade, US$ 325), Shkreli ganhou fama também por adquirir por US$ 2 milhões a única cópia do último disco do lendário grupo de rap Wu-Tang Clan e por assediar seus adversários pelas redes sociais.
Agora, ele deixará a prisão domiciliar rumo a um presídio. A condenação de Shkreli não tem nada a ver com a questão do aumento do preço dos remédios.