Você daria a sua própria vida para salvar alguém que você ama? Essa é uma pergunta muito complexa, e que fica ainda mais difícil quando se trata da vida de um conhecido. Exige muita coragem e altruísmo colocar a sua vida em risco para salvar outras pessoas. É um ato que merece todo o reconhecimento do mundo, e mostra como o ser humano é capaz de um ato de bondade.
Para alguns, isso pode ser apenas um gesto involuntário. Ao se deparar com qualquer pessoa em perigo, alguns não pensam duas vezes antes de agir. Outros já precisam de um incentivo a mais, por exemplo, alguém conhecido em situação de risco. Acontece muito em situações de desastres e catástrofes. Algumas pessoas, exemplos de força e coragem, mostram que estão dispostos a ir além para ajudar outras pessoas a sobreviver, mesmo que em alguns casos isso custe a sua própria vida.
Muitas tragédias, como incêndios, deslizamentos e desabamentos revelam histórias de auto sacrifício que mostram a capacidade do ser humano de salvar vidas. Um ato como esses é digno de um herói e não pode ser esquecido. Confira a seguir algumas histórias de pessoas que sacrificaram suas vidas para salvar outras pessoas.
1 - Engenheiros do Titanic
Muita gente não sabe, mas durante o naufrágio do Titanic, 35 membros da equipe de engenharia morreram tentando ajudar as outras pessoas. Como nenhum dos tripulantes de engenharia conseguiu sobreviver, não há relatos em primeira pessoa das ações dos homens no inquérito. Mas ainda assim, não há como negar o papel fundamental que esses homens tiveram durante o desastre. Ao invés de tentar sair do navio e serem resgatados, os engenheiros permaneceram no navio para manter a energia elétrica da embarcação, enquanto afundavam. Com essa ação, eles ajudaram os funcionários da rede sem fio a enviar sinais de socorro para os navios próximos. Eles se sacrificaram para que algumas pessoas pudessem sobreviver.
2 - Voluntários de Chernobyl
Quando um reator nuclear explodiu na usina nuclear de Chernobyl, em 1986, o maior acidente nuclear da história poderia ter sido ainda mais devastador se não fosse por três voluntários corajosos. Dias depois do desastre, os cientistas descobriram que um material nuclear se derreteria através do piso do reator de concreto e causaria uma outra explosão. Caso isso acontecesse, a nova explosão destruiria a usina por completo, causando danos irreversíveis ao mundo.
Para evitar que isso acontecesse, os 20 milhões de litros de água precisavam ser drenados manualmente. Então, os engenheiros Valeri Bespalov e Alexei Ananenko, junto com o supervisor Boris Baranov, se ofereceram para realizar a missão suicida e salvar milhares de pessoas. Felizmente, os três homens conseguiram drenar a água contaminada e sair do local sãos e a salvos. A atitude deles evitou um desastre ainda maior do que foi Chernobyl.
3 - Benjamin Clark
Benjamin Clark não foi um dos policiais ou bombeiros que trabalhou no atentado de 11 de setembro de 2001. Mas o homem salvou centenas de vidas naquele dia. Ele trabalhava como chef de cozinha nos escritórios do 96° andar da Torre Sul, que foi atingida. Quando o avião colidiu com o prédio, Clark não tentou fugir como a maioria das pessoas. Ele então começou a ajudar as outras pessoas a evacuarem o local com segurança. Ele ajudou que todos aqueles que estavam no mesmo andar a evacuarem o edifício. No entanto, Benjamim Clark não sobreviveu ao trágico evento, mas o seu heroísmo ainda é lembrado por aqueles que ele ajudou.
4 - John Robert Fox
John Robert Fox serviu aos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial e sacrificou a sua própria vida pelo seu exército. Quando as tropas norte americanas conquistaram o controle da cidade de Sommocolonia, na Itália, Fox viu o contra-ataque alemão se aproximar. Como ele era um observador de artilharia, ele deveria informar pelo rádio as coordenadas do exército inimigo.
Com o ataque severo dos alemães, a unidade americana foi forçada a recuar. Fox, em sua posição de vigia, usou o rádio para contatar a sua unidade. Ele solicitou que o fogo da artilharia fosse dirigido para a sua base em Sommocolonia. Quando o oficial da artilharia informou que se fizesse isso, o ataque seria também ao soldado, ele não hesitou e disse "Atire. Há mais deles do que de nós". O seu sacrifício ajudou os soldados americanos a saírem em retirada e, posteriormente, permitiu que recuperassem o controle da cidade. Mas isso custou a vida do tenente Fox.
5 - Jack Phillips
O operador de rádio Jack Phillips também foi um dos muitos heróis do Titanic. Quando o navio atingiu o iceberg, na noite do dia 14 de abril de 1912, Phillips estava trabalhando no serviço de mensagens pessoais dos passageiros. Quando tudo aconteceu, o capitão Smith ordenou que o operador enviasse um sinal de socorro pedindo ajuda aos navios próximos. Ele e o outro operador do navio trabalharam incansavelmente durante horas. Depois das 2:00 da manhã, o capitão ordenou que os dois funcionários abandonassem o navio. Enquanto o seu companheiro conseguiu sair do navio, Phillips continuou em seu posto na sala de rádio. Ele enviou mensagens de socorro até o último minuto. Ele até conseguiu sair da sala quando o afundamento linear se completou, e até chegou a subir em um bote salva-vidas, porém ele acabou morrendo e caiu no mar.
6 - Godwin Ajala
O nigeriano Godwin Ajala, também foi um dos heróis do atentando de 11 de setembro. Na época, ele trabalhava como oficial de controle de acesso no World Trade Center. Ele trabalhava nas duas torres prestando assistência para pequenas emergências. Quando os aviões colidiram com o edifício em que Ajala trabalhava, ele se disponibilizou para ajudar milhares de pessoas a evacuar o local. Segundo relatos, ele teria segurado a porta aberta para as pessoas enquanto elas saiam desesperadas do prédio. Infelizmente, ele acabou morrendo uma semana depois de exaustão.
7 - Rick Rescorla
O ex-oficial britânico Rick Rescorla trabalhou como chefe de segurança do Morgan Stanley, na Torre Sul do edifício World Trade Center. No dia 11 de setembro de 2001, Rescorla conduziu milhares de pessoas para fora do prédio. Além disso, ele teria voltado até 10° andar para ajudar outras pessoas que estavam presas. Por fim, Rescorla foi uma das mais de 2.600 pessoas que morreram no atentado. Mas estima-se que as suas ações heroicas tenham salvado a vida de mais de 2.500 pessoas que estavam na Torre Sul naquele dia.