
Aos 27 anos, Diane Souza Borburema descobriu na 13ª semana de gestação que esperava trigêmeos idênticos que compartilham a mesma placenta, após exames iniciais indicarem apenas um bebê. “É uma mistura de sentimentos”, afirmou.
Moradora de Guarujá, Diane já tem um filho de 5 anos. Em janeiro, o casal descobriu que esperava outro bebê, mas a surpresa veio no último exame, em 14 de março, ao revelar que ela espera trigêmeos meninos.
O médico Domingos Mantelli explicou que a gestação de trigêmeos univitelinos é rara, ocorrendo quando um único óvulo fecundado se divide em dois, e um desses se divide novamente.
Gravidez e descoberta
Diane parou de usar contraceptivos em dezembro de 2024 e engravidou no mesmo mês. Descobriu a gestação em 9 de janeiro e, devido ao marido ser gêmeo, temia uma gravidez múltipla. Acompanhada da avó, foi surpreendida pela notícia no laboratório na última sexta-feira. Apesar do susto, ela se alegra com a chegada dos trigêmeos, confiando nos planos de Deus.
Diane revelou que, além de compartilharem a mesma placenta, os bebês dividem o mesmo saco gestacional. Ela fez o exame para descobrir o sexo, mas guardou o resultado para uma revelação íntima com o marido e filho, antes de compartilhar a novidade com a família em um almoço.
Gestação trigemelar
O médico Domingos Mantelli explicou que trigêmeos univitelinos, ou idênticos, são monozigóticos. A hereditariedade para gêmeos depende da mãe, no caso de gêmeos bivitelinos, quando há fertilização de múltiplos óvulos por diferentes espermatozoides.
Mantelli ressaltou que gestações gemelares ou trigelares exigem maior atenção, devido a riscos como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e parto prematuro, sendo essencial um acompanhamento cuidadoso. O médico Sergio Toledo explicou que a gestação gemelar ocorre em 1% dos casos, e a trigemelar em apenas 0,04%, sendo ainda mais rara quando espontânea.