O Google alterou seu algoritmo de pesquisa para que uma busca pela palavra “lésbica” tenha resultados mais informativos, e menos pornográficos. As informações são do Razões para Acreditar.
Antes da mudança, os resultados da primeira página mostrados aos usuários ofereciam vídeos e imagens que sexualizavam os corpos de mulheres lésbicas, ao invés de proverem informações sobre o termo.
A hiper-sexualização de lésbicas tem sido apontada como um dos principais fatores por trás do abuso e violência homofóbicas que muitas sofrem mundo afora.
A alteração do algoritmo de busca foi feito graças a uma campanha liderada pelo site francês Numerama em parceria com o perfil @SEO_lesbienne, do Twitter.
O Numerama observou que apenas a palavra “lésbica” está ligada a páginas sexualizadas, enquanto a busca por páginas com os termos “gay” ou “trans” exibiam mais artigos e blogs especializados e educacionais.
O Google tratou de mudar o mecanismo assim que soube da notícia. “Eu acho que estes resultados [de pesquisa] são terríveis, não há dúvida sobre isso. Estamos conscientes de que existem problemas como este, em muitas línguas e diferentes pesquisas. Desenvolvemos algoritmos para melhorar essa pesquisa”, afirmou Pandu Nayak, vice-presidente de qualidade de mecanismos da empresa.
Em uma pesquisa à parte, os técnicos do Google observaram ainda que palavras como “menina” e “adolescente” também estavam vinculadas a sites pornográficos – com a mudança no algoritmo, isso não acontece mais.
Desde o dia 19 de julho, os principais resultados de pesquisa para o termo “lésbica” são artigos de notícias e informações científicas da Wikipédia. Esses resultados aparecerão mesmo se a pesquisa segura não estiver ativa.