Fotógrafo faz ensaios emocionantes dos últimos momentos de pessoas com seus cães

Ele é professor assistente na Universidade do Colorado em Boulder e trabalhou como fotojornalista mais de 20 anos.

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O cachorro é o melhor amigo do homem. A companhia do pet traz alegria e pode ajudar o dono a superar vários momentos difíceis em sua vida como a superação de uma doença, perda de um ente querido ou mesmo apenas alegrar o ambiente em que ele se encontra. Mas uma coisa que evitamos pensar é que em algum momento nosso pet também nos deixará.

E por mais que parece macabro esses últimos momentos podem chamar a atenção de algumas pessoas, como é o caso de Ross Taylor. Ele é professor assistente na Universidade do Colorado em Boulder e trabalhou como fotojornalista mais de 20 anos.

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Ele capturava as realidades da vida em condições adversas e várias vezes os trabalhos se concentravam em questões sociais como o resultado depois de eventos traumáticos. "É minha esperança que esse trabalho documental neste campo ajude a desenvolver a empatia em relação aos outros, fornecendo mais informações sobre as condições que compartilhamos", disse.

Trabalho

O novo trabalho de Taylor chama Last Moments e ele captura momentos que a maioria das pessoas vai passar na vida, a perda de um animal de estimação. Tendo uma orientação de veterinários, o fotógrafo conseguiu ter acesso às pessoas para que conseguisse capturar esses momentos emocionantes. As despedidas dos donos e seus bichinhos de estimação.

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O trabalho mostrou os laços sinceros que são criados entre homem e animal. O trabalho também tem a intenção de ajudar aqueles que passam por esse momento e verem que eles não estão sozinhos e que a dor que estão passando não será negligenciada.

Milhares de donos de animais passam por essa experiência todos os anos, e decidir fazer a eutanásia em casa é uma tendência que está crescendo.

"Produzir esse trabalho foi uma das experiências mais intensas que já tive. Mudou fundamentalmente o modo como eu reajo quando alguém me diz que perdeu um animal de estimação, ou que um animal de estimação está morrendo. Meu coração está mais aberto para aqueles que estão passando por esse processo, e tenho um profundo respeito pelos veterinários que fazem isso diariamente. Eles são pessoas impressionantes", disse Taylor.

Emoção

Ele continua seu relato dizendo o quão emocionado ficou. "Fiquei comovido com o meu tempo testemunhando as emoções em cada experiência. Em quase todos os casos, todos foram levados às lágrimas, às vezes soluçando profundamente. Mas todas essas famílias são tão gratas aos veterinários por sua compaixão. Essa mistura de desgosto e compaixão é impressionante. O trabalho que eles fazem é importante", conta.

Taylor também conta que o vínculo das pessoas com os animais é muito intenso. "Há uma imagem particular de uma mulher que está angustiada em voz alta sobre seu cachorro, apenas momentos depois que ela percebeu que seu cachorro havia morrido. Ela está embalando carinhosamente o rosto de seu animal de estimação em sua mão direita, enquanto seu marido e o veterinário, Dr. Dani McVety, estendem a mão para consolá-la. Foi um dos primeiros casos que presenciei e teve um impacto profundo em mim. Foi nesse momento que percebi a importância de documentar a intensidade do vínculo", ressaltou.

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"Meu interesse neste projeto surgiu há alguns anos. Uma boa amiga minha estava angustiada com a morte de seu cachorro, e ela decidiu ter seu animal de estimação sacrificado em casa. Ela não queria que o animal ficasse estressado por uma visita à clínica e achou que seria mais fácil para o cachorro dela em casa. Foi uma experiência intensa e emocional para ela. De muitas maneiras, foi o mais difícil dela em anos. Impulsionado por isso, comecei a pesquisar o assunto e estendi a mão para várias organizações. O primeiro que respondeu foi Lap of Love, baseado em Tampa, Flórida. McVety, o fundador e CEO da organização com sede em Tampa, estava aberto a meu pedido e, mais importante, às razões por trás disso. Em um mês ou mais de contato, comecei a trabalhar com eles. Eu também comecei a trabalhar com a Caring Pathways em Denver. Eles também são uma organização profundamente compassiva e sou profundamente grata a eles também. Finalmente, nada disso poderia ter sido feito sem que as famílias me permitissem estar lá. Eles têm o meu respeito. Eu acho que, no final, a razão pela qual eles permitiram a minha presença tem muito a ver com o fato de que todos nós temos uma história para contar, e vale a pena compartilhá-los", continua.

Relatos

Desde o começo, várias pessoas responderam ao projeto. Taylor conta que várias pessoas escreveram para ele contando suas histórias, já que essa dor e quebra de vínculo é algo que várias pessoas vivenciam.

O que ele espera é que as pessoas não menosprezem a dor dos outros falando apenas "ah, é apenas um cachorro" ou "ah, é só um gato". Ele diz que é crucial entender e respeitar os sentimentos da pessoa que conviveu com o animal.

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