Um dos maiores mamíferos que já habitaram o Brasil foi o bicho-preguiça-gigante. A espécie viveu mais de 15 mil anos em solos brasileiros. Eles eram bastante ativos, e suas pegadas já foram encontradas também na América do Norte, onde fósseis parecem indicar um comportamento até então desconhecido. O animal era perseguido por caçadores muito menores que ele: os humanos.
Entenda
Escavações feitas no deserto de White Sands, em abril do ano passado, no Novo México, descobriram centenas de pegadas fossilizadas do mamífero já extinto. Até então, nada de muito novo, mas o mais surpreendente foi achado dentro dessas marcas do passado: pegadas humanas.
Por trás da descoberta está Matthew Bennett, da Universidade de Bournemouth, no Reino Unido. De acordo com ele, os fósseis apontam para uma perseguição de homens a uma preguiça-gigante. Conforme o estudo, humanos acompanharam de perto a movimentação do mamífero pré-histórico, tanto que seus pés pisaram nos mesmos pedaços de terra pouco depois da passagem do animal.
Indícios
Os fósseis mostra até mesmo uma movimentação que pode ser comparada a uma estratégia de caça. Enquanto outras pegadas encontradas ao longo da história mostraram caminhadas constantes do animal, as do Novo México apontam para uma espécie de “cerco fechado” ao mamífero.
O padrão de movimentos poderia ser simplesmente obra de algum homem das cavernas brincando de comparar tamanhos de pés, acreditam alguns por exemplo. Até mesmo Bennett sabe que não pode provar sua teoria, mas confia nos seus estudos.
“É muito difícil confirmar alguma coisa, mas uma simples brincadeira não parece muito provável naquele cenário. Esses animais eram temidos. Tinham garras como as do Wolverine. Seria muita estupidez correr o risco de entrar em uma briga com um deles se não fosse por uma questão de sobrevivência”, explica o cientista britânico.
O Herbívoro pesaVA cerca de 4 toneladas e ofereciam um grande banquete aqueles homens, que naquele dado período histórico, caçavam e coletavam frutos para sobreviver.