Na última semana, a faloplastia virou assunto nas redes sociais depois que Tiago, da dupla sertaneja com Hugo, divulgar a realização do procedimento. A cirurgia, para aumentar o pênis, trouxe um “resultado visível”, segundo cantor. A Sociedade Brasileira de Urologia, alerta, porém, que não há comprovação da eficácia ou segurança do método.
— Foi muito de boa, muito tranquilo. É como se eu não tivesse feito nada. A gente só entende que fez, porque realmente ela traz um resultado visível. É um negócio bem louco — afirmou Tiago, na última terça-feira:
— Está muito recente ainda para falar: “está tudo certo”. Mas você fala: “caramba, é possível mesmo”. Na cabeça dos homens, eu te confesso, acho que ninguém tem essa noção, só quem faz mesmo.
A faloplastia é uma cirurgia que “basicamente consiste no aumento do comprimento do pênis e no aumento de seu diâmetro”, explica o cirurgião plástico Cláudio Eduardo Pereira de Souza, responsável pelo procedimento em Tiago. Como toda cirurgia, o procedimento tem riscos, deve ser feito em ambiente seguro, por um médico com registro profissional ativo e após a realização de exames.
Cláudio explicou que a operação conta com três etapas. Todas acontecem ao longo da mesma cirurgia, que dura cerca de duas horas. Os ganhos podem ser de até 5 centímetros, segundo o cirurgião.
— Cada paciente é um paciente. As medidas de ganho variam. Tudo depende do quanto de pênis o paciente teria embutido, podemos dizer assim — afirma Cláudio, dizendo ainda que o procedimento é indicado para quem tem micropênis e também para quem tem pênis normal, mas o considera pequeno.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, a maioria dos homens que procura procedimento de aumento peniano é portadora de um pênis normal, sem anormalidades anatômicas.
“Trata-se de uma dismorfofobia na qual o paciente faz uma interpretação errônea das dimensões da sua genitália. Como o nível de ansiedade é alto, nestes casos, o paciente realmente ‘procura uma solução’ e vai acreditar nos resultados apresentados pelo profissional, independentemente da idoneidade ou não dos resultados apresentados”, diz a entidade.
Ainda segundo a sociedade, a orientação “ética e honesta é não operar estes pacientes, e sim tratar o transtorno psicológico”, já que “a proposta de aumento peniano como um procedimento cosmético do pênis normal é ainda considerada uma técnica investigacional e experimental”.