Colocar um fone de ouvido e sair para uma caminhada já ajuda a aliviar a mente. Essa é apenas uma das formas de exercitar o corpo e a mente. Depressão e ansiedade são os transtornos mentais mais frequentes em brasileiros. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas no mundo sofram com a depressão. Em casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio.
Dados da OMS revelam que mais de 90% dos casos de suicídio estão relacionados a distúrbios mentais, o que significa que é possível evitá-los se as causas forem tratadas de maneira correta.
De acordo com o professor Michael Craig Miller, da Harvard Medical School, o tratamento para a depressão envolve psicoterapia e uso de medicamentos. Uma das alternativas não-farmacológicas para o tratamento da depressão é a atividade física. Em algumas pessoas, a prática regular de exercícios funciona tão bem quando os antidepressivos.
Veja os três principais motivos para incentivar a atividade física para pessoas com quadro depressivo, prática gratuita e que funciona como ferramenta de combate à doença. Além disso, Teresina dispõe de ampla opções de práticas de lazer ao ar livre.
1. Prática de exercícios e bem-estar:
Não espere uma "companhia" para fazer atividade física. Vá sozinho (a), descubra o seu momento, respire, aprecie devagar. Os exercícios desencadeiam uma cascata biológica de eventos com diversos efeitos benéficos sobre a saúde, como melhor controle do diabetes e da hipertensão e redução do risco cardiovascular.
Exercícios realizados em alta intensidade liberam as endorfinas na corrente sanguínea, gerando sensação de bem-estar. Exercícios de baixa intensidade realizados frequentemente liberam fatores de crescimentos neuronais, que criam novas conexões neurológicas. A melhora da função cerebral faz com que nos sintamos melhor.
O hipocampo é a região cerebral que controla nosso humor e apresenta-se de tamanho reduzido em pessoas com depressão. O exercício auxilia no aumento do hipocampo, melhorando suas conexões neurais e ajudando a melhorar os sintomas da depressão.
2. Pontapé na prática de exercícios para pacientes com depressão:
Se muitas pessoas sem depressão já relutam em se exercitar, começar uma atividade física é ainda mais difícil em pacientes com depressão. A depressão, em geral, é acompanhada de distúrbios do sono, cansaço, alterações do apetite e até mesmo aumento da percepção de dor em diferentes partes do corpo.
É importante que o paciente tenha apoio para quebrar este ciclo de inatividade. Começar aos poucos e com atividades que sejam prazerosas pode ser a chave para combater o sedentarismo em pacientes com depressão. Aos poucos, cinco minutos se transformarão em 10, 15, 20 minutos. Ainda não se sabe quanto tempo de atividade física é necessário para que o hipocampo sofra as alterações estruturais desejáveis, mas a maioria dos pacientes já exibe determinada melhora de sintomas após algumas semanas de atividade física regular.
3. Medicina do esporte como aliada:
Não deixe de praticar. Vale lembrar que exercício não é vacina e, assim como com os benefícios cardiovasculares, os benefícios psiquiátricos da atividade física só serão mantidos se o indivíduo continuar exercitando-se regularmente. A medicina do esporte é uma grande aliada no início e manutenção de uma vida ativa.
Cuide-se e viva melhor!