Comer a placenta não é somente coisa de celebridades como Bela Gil ou Kim Kardashian, já que diversas mulheres também têm adotado a prática. Esse foi o caso de Fernanda Gomes Vieira, 26, de Balneário Camboriú (SC), que teve um parto natural hospitalar e decidiu ingerir parte de sua placenta por curiosidade e acreditar que seria uma boa fonte de nutrientes, além de ajudar a prevenir a depressão pós-parto.
Embora não tenha certeza se conseguiu os benefícios que buscava, Fernanda, que é mãe de Angelina, um ano e dez meses, afirma que se sentiu ótima e bem-disposta no puerpério. “Não comeria crua de novo porque não gostei do sabor nem da textura. Tem um gosto bem forte de ferro e parece uma carne cheia de nervos, ruim de mastigar, além de ser salgada.”
Por considerar o órgão-responsável por fornecer nutrientes e oxigênio ao bebê-- algo sagrado, a atriz e artista plástica Lua Rodrigues, 21, de Embu das Artes (SP), e o marido, Edgar Izarelli, 26, decidiram comê-lo após o parto de seu primeiro filho, Renato, um ano e nove meses.
Lua, que está grávida de 5 meses de uma menina, quer repetir o ato, pois acredita que tenha trazido benefícios físicos e espirituais ao casal. “Tive um parto domiciliar planejado e, logo após expelir a placenta, nós consumimos uma parte crua, com shoyo, e nos fez muito bem. Eu não tive depressão nem perda de cabelos, problemas comuns no pós-parto. Sem contar que sempre amamentei e ainda amamento em livre demanda.”
Já seu marido, acredita, experimentou uma conexão maior com o filho e, após o parto, teve paciência e tranquilidade para ajudar nos cuidados do bebê. “Comer a placenta nos trouxe uma sensação de força e resiliência, foi muito espiritual. ” Lua afirma não ligar para o julgamento da família e dos amigos. “Todos sabem que fiz isso e me acham nojenta. Compreendo, mas não me abalo, afinal, os benefícios foram reais e sentidos por nós dois”, diz.