Uma pesquisa desenvolvida por cientistas internacionais revelou que um terço das espécies de tubarões, arraias e quimeras estão correndo riscos de extinção nos ecossistemas oceânicos.
Os resultados dos estudos da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), que duraram mais de 8 anos para serem concluídos, foram publicados na revista Current Biology.
Os principais motivos para esse risco relacionado à existência desses animais são a pesca predatória e clandestina, a degradação do habitat natural, a crise climática mundial e a poluição dos oceanos.
A pesquisa revelou que 32,6% das espécies do grupo de peixes cartilagíneos, que inclui tubarões, arraias e quimeras, correm risco de extinção. O último estudo do tipo, realizado em 2014, mostrava que esse número era de 24%.
“Todas as espécies ameaçadas de tubarões, arraias e quimeras estão sob pesca excessiva, com 31% sendo mais afetadas pela perda e degradação do habitat e 10% afetadas pelas mudanças climáticas”, destacaram os especialistas em comunicação divulgado pela IUCN.
Os cientistas apontam que cerca de 100 milhões de tubarões são mortos anualmente pelos seres humanos. Essa pesca predatória, e o fato de que essas espécies crescem lentamente e produzem poucos filhotes, auxiliam na extinção destes animais.
“Vamos trabalhar para fazer deste estudo um ponto de inflexão nos esforços para evitar mais perdas irreversíveis e garantir a sustentabilidade a longo prazo”, afirma Colin Simpfendorfer, um dos colaboradores do estudo, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.