Que “tamanho não é documento”, todo mundo sabe. Mas, pela primeira vez, um estudo verificou que a grandeza do pênis pode estar diretamente associada aos casos de infertilidade masculina.
Foram analisados dados colhidos entre 2014 a 2017 de 815 homens com idade entre 18 e 54 anos. Os cientistas da Universidade de Utah (EUA) notaram que aqueles que tinham o órgão genital medindo por volta de 12,5 centímetros tiveram maiores dificuldades para engravidar suas companheiras do que aqueles que tinham medidas próximas a 13,4 centímetros.
Do total de voluntários, 219 homens visitaram a clínica para procurar ajuda por terem dificuldades de fertilização. O restante buscava resolver outros problemas como disfunção erétil ou dor nos testículos.
Os participantes foram submetidos a um teste conhecido como “Comprimento Peniano Esticado” (SPL), que aproxima o órgão ao mesmo tamanho que ele ficaria se estivesse ereto. A idade, o peso e a raça de cada um dos homens também foram levados em conta pela equipe para chegar aos seus resultados.
Os autores explicaram que, a princípio, a diferença na fertilidade pode estar em fatores genéticos ou congênitos, como a síndrome da disgenesia testicular. Isso pode afetar a capacidade de reprodução ou causar desequilíbrios hormonais.
Mas é preciso manter a calma! Os pesquisadores deixaram claro que ainda é necessário realizar muitos outros testes e pesquisas até chegar a uma conclusão final sobre a relação entre o “tamanho do documento” e a fertilidade. "Há muitos homens com comprimento peniano abaixo da média que têm fertilidade normal, e muitos outros com grandeza acima da média que têm problemas de infertilidade”, disse Dr. Austen Slade, da Universidade de Utah, que comandou os estudos.
Ainda, a Dra. Sheena Lewis, especialista em fertilidade no Centro de Saúde Pública da Queen's University, em Belfast, no Reino Unido, disse à Newsweek: "Em uma população maior, poderíamos descobrir que muitos homens férteis têm um SPL mais curto do que homens que são inférteis". Ela também argumenta que a pesquisa norte-americana pecou ao não analisar se as parceiras dos homens avaliados possuíam algum tipo de infertilidade. Por fim, a especialista acredita ser confuso levar em consideração os dados de indivíduos férteis que frequentavam as clínicas por conta de outros problemas reprodutivos. “Todos eles tiveram filhos recentemente? Se não, eles não eram um grupo de controle ideal", diz ela.
De acordo com o Departamento de Saúde dos EUA, a infertilidade é definida quando um casal não consegue engravidar depois de um ano tendo relações sexuais desprotegidas. Os motivos da infertilidade podem variar, mas os problemas testiculares são a causa mais comum em homens, seguidos por problemas e bloqueios hormonais. Já na metade dos casos, os médicos não encontram nenhuma causa definitiva.