Com a chamada Revolução Verde, porém, boa parte dos agricultores mundo afora tomou outro caminho. A partir dos anos 1930, o uso de fertilizantes químicos, agrotóxicos e de máquinas se popularizou nas plantações, aproximando a atividade agrícola da industrial.
Áreas antes ocupadas por ricos ecossistemas passaram a abrigar extensas plantações de uma só espécie — caso da soja que hoje avança por vários biomas brasileiros. Defensores do modelo afirmam que as inovações foram essenciais para atender a uma crescente população global — e que é possível usar produtos químicos nas lavouras com segurança.
Mas Götsch avalia que os métodos são insustentáveis. Para ele, além de empobrecer as paisagens, gerar poluição e ignorar os ambientes naturais, a agricultura industrial moderna tem um grave problema: num mundo de recursos finitos, exige muito para funcionar e devolve pouco.