“Se podem aguentar uma horinha viajando em pé de ônibus, por que não podem ficar uma hora de pé em um voo para Cartagena ou Amazonas?”. Foi com esse questionamento a uma rádio que o fundador e CEO da companhia aérea VivaColombia, Willian Shaw, explicou sua nova tática de negócios.
A empresa pretende oferecer aos passageiros a possibilidade de viajarem em pé nos voos curtos, garantindo tarifas mais baratas, segundo o El Pais. Ainda que ele ache uma boa ideia, a proposta é inviável. Isso porque, de acordo com as regras de segurança, viajar em pé não asseguraria o bem-estar das pessoas.
Sobre isso, Shaw também comparou o conceito ao transporte por meio de ônibus. “Se isso for diminuir o preço, nós vamos apoiar 100%. Nossa responsabilidade é baratear o custo o máximo possível para incentivar o turismo”, afirmou o CEO.
Porém, a ideia não será posta em prática, pelo menos é o que assegura o diretor da Aeronáutica Civil da Colômbia, Alfredo Bocanegra. De acordo com ele, a proposta não apenas é inapropriada, como fere os direitos de algumas pessoas. “Não é possível admitir que algumas crianças possam ficar no colo de seus pais e outras por serem pobres tenham que viajar de pé e se submetendo a esse constrangimento”, afirmou à rádio Caracol.
Além disso, ele lembrou como a sugestão do CEO da VivaColombia fere as medidas de segurança, já que até mesmo a tripulação necessita sentar-se em situações emergenciais. “Já imaginou se uma pessoa de 120 quilos viajando de pé cai em cima de uma criança, um idoso ou em alguém com deficiência?”, questionou.