Para diminuir o tamanho da pílula, adaptar uma dosagem superior a da receita, fazer o medicamento durar mais dias ou até para atender a recomendação do próprio profissional da saúde, muitas pessoas adquiriram o hábito de dividir o comprimido em partes menores.
De acordo com Jamar, porém, a prática está completamente errada. “Quando quebramos um comprimido, sempre há uma perda de uma parte substancial do medicamento, que se esfarela e dificilmente é recuperada e consumida. Embora pareça irrelevante, essa parcela faz parte da dosagem ideal”, comenta.
Outro ponto importante é que, “muitas vezes o princípio ativo da formulação do medicamento está concentrada em níveis diferentes nas duas metades do comprimido”, explica. Ou seja, caso o paciente escolha tomar uma das metades com menos princípios ativos, a dosagem pode ser ineficaz. O mesmo pode acontecer de maneira inversa, causando uma superdosagem inesperada.
Segundo Jamar, “o ideal é sempre procurar a dosagem que foi prescrita pelo profissional. Caso não encontre a proporção sugerida, deve-se procurar uma farmácia de manipulação. Em último caso quando há a necessidade de partir, prefira as marcas que tem sulcos nos comprimidos , aquela linha que facilita o corte”, explica.