Conheça a história dos anões que iniciaram uma revolução

O movimento clandestino era conhecido como Alternativa Laranja.

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Estátuas de anões normalmente servem para decorar jardins, mas também já foram usadas como forma de protestar contra o governo. O caso em questão aconteceu na Polônia, que durante os anos 80 passava por um regime comunista.

Na época, o movimento clandestino chamado Alternativa Laranja tinha ideias pacíficas para protestar contra o autoritarismo do governo.

Para isso, seus integrantes buscaram formas criativas de driblar a censura e passar sua mensagem. Uma das ações foi pintar anões em todos os símbolos comunistas na cidade de Vreslávia, berço da Alternativa Laranja. Ao apostar no protesto com imagens absurdas, eles tentavam não chamar tanta atenção para si, mas, mesmo assim, passar a mensagem de insatisfação.

O movimento se espalhou por outras cidades da Polônia e acabou gerando o Movimento da Solidariedade, que pôs fim ao regime comunista. Em 2001, para lembrar e homenagear esse movimento, a cidade de Vreslávia instalou a primeira estátua intitulada Papai Anão.

De reforma política a propaganda publicitária

De lá para cá, a iniciativa ganhou ainda mais força. Oficialmente, existem 163 anões espalhados por diversos pontos da cidade, que fica a 350 quilômetros de Varsóvia, capital do país. Entretanto, dados não oficiais apontam que já existem mais de 350 estátuas, instaladas principalmente por entidades privadas, que as utilizam como forma de propaganda divertida.

E as imagens são das mais diversas: tem anão montado em pomba, cego, sentado em sorvete e por aí vai. Eles são tão populares que se tornaram uma atração turística na cidade. Muitos visitantes saem à caça do maior número possível para conhecer um pouco da história do país. A estátua de um anão na Universidade de Vreslávia chama a atenção por virar sinônimo de sorte: basta esfregar o seu chapéu para atrair boas energias.

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