Maxwell havia previsto provações de todos os tipos, embora fosse impossível saber quais seriam.
"Mesmo assim", diz ela, "não comecei a andar porque era destemida — mas, sim, porque estava apavorada. Tinha mais medo de não seguir meu coração do que de perder tudo o que possuía e amava."
Lidar com o trauma do abuso sexual acabou se tornado um momento decisivo, no qual Maxwell decidiu continuar caminhando. Embora ela ainda estivesse com medo, as histórias de perseverança e força de outras mulheres a ajudaram a continuar:
"Estava decidida a não deixar que aquilo me obrigasse a desistir do meu sonho e a voltar para casa. Tinha deixado todo o meu mundo para trás, não tinha nada para voltar e compreendia os riscos inerentes à minha jornada."
Maxwell estava caminhando para descobrir o quão forte seu corpo e mente poderiam ser, mesmo diante da violência. Ao longo do caminho, o ritmo lento permitiu que ela fosse atraída — brevemente, mas profundamente — por outras culturas.
As informações são da BBC News. Foto: Angela Maxwell via BBC.