Considerada um ícone da história, Joana d'Arc foi queimada viva em uma fogueira, chegou a ser beatificada e canonizada cinco séculos logo em seguida pelo Vaticano, sendo usada como símbolo pelos católicos no combate aos protestantes.
Recebeu o título de símbolo nacional da França pelo imperador Napoleão Bonaparte, sendo atualmente uma figura popular sobre a qual muitos fatos ainda são desconhecidos do grande público.
1. Tinha costume de de usar roupas masculinas
Na época em que foi julgada e condenada à morte, um dos argumentos contrários a seu respeito era o fato de gostar de usar roupas masculinas. Os historiadores defendem a tese que Joana usou isso como decisão para impedir, ou ainda desencorajar, que fosse estuprada nos acampamentos.
Acredita-se, também, que Joana d'Arc escolheu sua armadura porque teria ligação com seu desejo de castidade.
Durante sua prisão, os historiadores acreditam ela usava roupas masculinas teria surtido efeito em torná-la indesejável aos guardas, e assim protegê-la de ser violentada sexualmente.
2. Precursora do corte de cabelo "Bob"
O fato é que antes de entrar para a história da moda, por usar um corte de cabelo associado às francesas do século XX, o "Bob", corte esse que deixa o cabelo próximo à altura da mandíbula, geralmente com franja, chegou a ser usado pela guerreira.
Joana d'Arc optou por seu cabelo desta maneira, sendo inspirada por Monsieur Antoine, cabeleireiro mais famoso da Paris no começo do século XX. Sabe-se que a Primeira Guerra Mundial ajudou a popularizar o corte, usado na época por oferecer melhor higiene.
3. Chegou a ser queimada em duas etapas
Já que queimar o corpo de uma pessoa demanda tempo e por Joana não se tratar de pessoa qualquer, ela foi capaz de motivar um exército e uma nação a não desistir do combate, e por isso sua figura era motivo de admiração em parte da população.
Como forma de não deixar suspeitas quanto ao seu fim, o corpo dela foi retirado da fogueira e exposto em praça pública por um certo tempo. Isso para que ninguém tivesse dúvida de que seu fim havia chegado. Em seguida, seu corpo carbonizado voltou às chamas, até que fosse desintegrasse por inteiro.
4. Crime de sua morte não foi bruxaria
Entre os crimes atribuidos a Joana d'Arc, bruxaria fazia parte da lista. No entanto, não foi esse o motivo pela condenação e morte. E das 70 acusações iniciais, os supostos crimes foram reduzidos para 12 em alguns meses depois que foi capturada pelos ingleses.
Segundo historiadores, as acusações contra ela seriam retiradas ou reduzidas, sendo que que cumprisse uma pena um pouco mais simples. Mas, depois que foi visitada por juízes, chegando a fazer uso de roupas masculinas e alegando ouvir vozes, foi sentenciada à fogueira como uma "herege reincidente".
5. Jamais foi a um campo de batalha
Mesmo sendo evidenciada nas histórias perpetuadas pela literatura e cinema, Joana jamais pegou armas e nem tampouco foi a combates inimigos durante a Guerra dos Cem Anos. Seu papel fundamental era bem maior, ou seja, elevar a autoestima das tropas francesas.
Mesmo acompanhando tropas e criado estratégias de luta, sua função no campo de batalha se restringa a segurar bandeira. Ela não chegou a guerrear, mas foi ferida em duas situações, sendo uma flecha no ombro e outra com uma besta na perna.
6. Era conhecida por nomes diferentes
Ela entrou para a história, sendo santificada com o nome de Joana d'Arc, no entanto, não foi a única maneira em que foi conhecida. Em Domrémy, sua cidade natal, no nordeste francês, o povo a conheciam como Jehanette.
Também lhe atribuiram outras denominações em registros da época, sendo o nome Jehanne acompanhado de diferentes sobrenomes: d'Arc, Tarc, Romée e Vouthon. E pouco antes de seu primeiro julgamento, chegou a assinar documentos como sendo "Jehanne la Pucelle", ou "Joana, a empregada".
Por fim, os historiadores acreditam que o d'Arc conhecido por todos poderia não ser um sobrenome oficial, todavia, seria um palpite da jovem quanto a alcunha de seu pai.