A perda da musculatura, ou perda de massa magra, faz parte do envelhecimento do corpo e tende a avançar a partir dos 40 anos. No entanto, hábitos ruins como o sedentarismo podem acelerar o processo, chamado de sarcopenia, levando à redução da mobilidade e impactando severamente a qualidade de vida.
“Esse é um alerta importante, sobretudo neste momento de isolamento, quando muitas pessoas encontram dificuldade de praticar atividades físicas regularmente”, destaca Luiz Adalberto dos Reis, educador físico.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 47% da população adulta brasileira é c
onsiderada sedentária, ou seja, não pratica pelo menos duas horas e meia de exercícios moderados por semana.
Portanto, lutar contra o sedentarismo, considerado pela OMS como o quarto maior fator de risco de mortes no mundo, se tornou uma questão fundamental de saúde. “Se você não faz exercícios, o seu condicionamento físico desaba muito rápido. O ganho de massa é muito importante para o sistema imunológico”, reforça.
O educador físico conta que, muitas pessoas, ao perder massa magra, não percebem de imediato o problema, pois a musculatura é substituída por gordura, dificultando até mesmo um diagnóstico preciso. Por isso, é importante ficar atento aos sinais.
Conforme explica Reis, os primeiros sinais de perda de massa magra são a diminuição da força e redução da circunferência das pernas e braços, que ficam mais flácidos. “Conforme a sarcopenia avança, a pessoa pode perceber também uma redução na agilidade de locomoção”, completa.
Considerado um problema de origem multifatorial, além da falta de exercícios, a perda de massa magra também pode ser agravada por uma alimentação desequilibrada e sono irregular. Para combater esse mal, é necessário incorporar uma rotina mais saudável ao seu dia a dia.