Você pode achar essa criação científica nojenta, mas o tijolo feito de urina vai ajudar e muito na preservação do meio ambiente. A invenção foi desenvolvida por estudantes da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul.
Os benefícios são enormes. A produção de um tijolo normal requer um processo que inclui queimá-lo a 1.400 ºC, o que libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.
Para o processo, a urina foi coletada em banheiros do campus de engenharia da faculdade. Na sequência, os estudantes juntaram o xixi com areia e bactérias. Ao ser exposta a reações químicas disparadas pelas bactérias, foi possível obter o carbonato de cálcio (CaCO3), ingrediente principal de rochas como o calcário. O cheiro desaparece em até 48 horas.
“Nesse exemplo, pega-se algo considerado um desperdício e faz vários produtos a partir dele. Você pode usar o mesmo processo para qualquer fluxo de resíduos. É sobre repensar as coisas” ao tabloide britânico The Guardian Dyllon Randall, professor sênior em engenharia de qualidade da água da Universidade da Cidade do Cabo e supervisor do projeto.
O processo desenvolvido por alunos da Universidade da Cidade do Cabo é parecido com a criação dos corais marinhos. Diferente dos métodos convencionais, com o ‘mijolo’, a temperatura é ambiente. O objeto leva de quatro a seis dias para ficar pronto.
Um único bloco precisa de 25 e 30 litros de urina para ser produzido. Uma média de 100 idas ao banheiro. Prático e não agride o meio ambiente.