O artigo de um estudo de nome "Controle da Mente Humana da Locomoção Contínua do Rato Ciborgue com Interface Cérebro-para-Cérebro Sem Fio" parece roteiro de ficção científica. Pesquisadores criaram ciborgues a partir de ratos vivos, que puderam ser controlados de acordo com a mente dos pesquisadoras. E não, isso não saiu de nenhum filme da Marvel ou DC Comics.
A partir de neurotransmissores e interfaces personalizadas, é possível criar um cérebro-máquina que controla dispositivos alheios à mente com infinitas possibilidades. Isto incluiu os ratos. Quer um exemplo? Próteses de mão que podem se movimentar com o comando da mente, usadas por pessoas que perderam o braço. Mas levaram isso para um outro nível.
Resolveram criar uma interface cérebro-cérebro (BBI) usando métodos semelhantes. Mas, até o momento, ninguém havia usado um BBI para assumir o controle de outra criatura viva. Foi isso que os acadêmicos da Zheijang se propuseram a realizar.
Os pesquisadores implantaram microeletrodos no cérebro de um rato vivo e conectaram-no ao cérebro de um ser humano que estava ligado a um IMC de computador, ou seja, estava no controle. Os pensamentos relacionados ao movimento na mente do manipulador enviavam sinais ao computador, que então traduziam esses sinais em instruções, e os enviavam para o cérebro do rato.
"Com essa interface, nossos manipuladores foram capazes de controlar ratos ciborgue para concluir o labirinto em que foram inseridos sem problemas", afirmaram os cientistas. "Instruções de controle foram enviadas sem fio para o rato ciborgue através de estimulação micro-elétrica cerebral", continuaram.
Funcionou mais ou menos assim: quando o manipulador pensava em movimentar o braço esquerdo, o rato ia pelo lado esquerdo. Quando o manipulador pensava em movimentar o braço direito, o rato ia pelo lado direito. A cada fase, os ratos iam sendo colocados em labirintos mais complexos, para ver até onde o experimento funcionava. Com o tempo, os seis ratos ciborgues usados ??no estudo se tornaram mais proficientes em navegar pelo labirinto, e houve "um entendimento tácito [desenvolvido] entre o ciborgue humano e o rato".
"Os resultados mostraram que os ratos ciborgues poderiam ser controlados com facilidade pela mente humana para completar uma tarefa de navegação em um complexo labirinto", escreveram eles. "Nossos experimentos indicaram que a cooperação através da transmissão de informações multidimensionais entre dois cérebros por um BBI assistido por computador é promissora", concluíram.
Essa não é a primeira vez que o ser humano tenta controlar a mente de um animal remotamente. Os primeiros a entrar nesse tipo de teste foram as baratas. No futuro, os pesquisadores esperam que "o fluxo de informação seja bidirecional e comunicativo entre dois indivíduos humanos".
Eles pensam em chegar cada vez mais longe. "O verdadeiro sucesso seria o compartilhamento de conteúdo rico entre os dois lados, como emoções e sentimentos. Ainda estamos muito longe disso, mas, claro, esse seria o sonho".
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