O Escritório de Proteção de Direitos da Infância de Iquiaque, no norte do Chile, resolveu inovar para quebrar padrões de gênero e criou um seminário de "desprincesamento". A atividade é voltada para meninas entre 9 e 15 anos da idade.
"Buscamos dar a elas ferramentas para que elas cresçam como meninas livres de preconceitos, empoderadas e com a convicção de que são capazes de mudar o mundo, e que não precisam de um homem do lado para isso", explica o coordenador do projeto Yury Bustamante.
Entre as atividades, que são desenvolvidas em seis módulos, há debates, aulas de defesa pessoal, cantorias e atividades manuais. Tudo com o objetivo de que as meninas reflitam sobre o conceito de ser mulher, beleza e felicidade, sem que haja um "príncipe" (ou uma "metade da laranja", "alma gêmea", "tampa da panela") embutido nesse conceito.
"A ideia é por em questão as ideias legitimadas pelos contos de fadas e pelos filmes clássicos da Disney, entre outras expressões", afirma.
Ele disse que deseja "abrir espaços de discussão com as meninas sobre desigualdade de gênero, mas com elementos que elas possam identificar, para que elas tenham uma oportunidade de incorporar outros elementos na construção de sua identidade como meninas".
As 20 vagas disponibilizadas foram preenchidas rapidamente e já foram registrados pedidos que a oficina se repita ao longo do ano. Um dos países mais estáveis da América Latina, o Chile também trabalha duro para inserir mais mulheres em seu mercado de trabalho.