China aposta no uso controle cerebral para viciados em drogas; entenda

“Esta máquina é muito mágica. Ele se ajusta para te fazer feliz, para deixar você nervoso”, disse Yan. E segundo o homem, ele está sem usar drogas há meses.

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A China tem surpreendido por seu desenvolvimento tecnológico e científico em diversas àreas. A superpotência emergente tem alcançado parâmetros tão positivos, que tem se destacado mais que superpotências mundiais, como os EUA. As informações são do Fatos Desconhecidos.

A novidade é que a comunidade científica chinesa começou o primeiro teste clínico do mundo de estimulação cerebral profunda (DSB) para as pessoas viciadas em drogas. O procedimento é invasivo e tem a perfuração dos orifícios no crânio do paciente para que os eletrodos sejam colocados em seu cérebro. Esses eletrodos podem ser estimulados através de um dispositivo portátil.

Segundo a ABC News, essa mesma tecnologia já foi usada para distúrbios como a doença da Parkinson. E essa é a primeira vez que o DSB vai ser usado com a esperança de acabar com o vício.

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O primeiro ensaio focou no vício em metanfetamina e está sendo feito no hospital Ruijim, em Xangai. Segundo os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, existem oito ensaios clínicos DBS registrados para a dependência de drogas.

Seis desses oito estão na China. Mesmo que o país tenha um passado não muito bom com as cirurgias cerebrais, atualmente, a China se tornou o centro mundial de pesquisa DBS. O primeiro paciente é um viciado em metanfetamina conhecido apenas como Yan.

Ele usa drogas desde 2001, quando seu filho nasceu e ele perdeu cerca de 150 mil dólares em jogos de azar. Depois disso, ele se divorciou e com as visitas do filho sendo cada vez menores, ele se submeteu ao teste do DBS. "Minha força de vontade é fraca", disse Yan.

Ele foi então para a operação na qual o médico Li Dianyou perfuraria seu crânio e colocaria dois eletrodos pequenos em uma área perto do seu cérebro. Tal área é a que está vinculada com o vício. Depois de algumas horas, Yan também passou por uma cirurgia onde foi colocada uma bateria no peito.

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O paciente pode morrer com uma hemorragia cerebral, convulsões, infecção ou deixar a mesa de cirurgia com uma personalidade nova.

Mas no caso de Yan, ele disse se sentir entusiasmado. Além disso, o médico deu ao cérebro de Yan um teste remoto e emoções novas na cabeça. O médico era capaz de fazer o paciente se sentir alegre ou agitado apenas com um toque.

"Esta máquina é muito mágica. Ele se ajusta para te fazer feliz, para deixar você nervoso", disse Yan. E segundo o homem, ele está sem usar drogas há meses.

Outros lugares do mundo não foram tão abertos ao procedimento como a China. Na Europa, a dificuldade foi encontrar pacientes. Nos EUA, preocupações éticas e científicas dificultaram essa aceitação. Mas a aversão dos americanos ao procedimento diminuiu nos últimos anos.

Enquanto isso, na China, o DBS, como a nova abordagem que pode acabar com a dependência de droga, está aumentando com força total. Também porque as leis antidrogas no país forçavam várias pessoas a fazerem tratamentos obrigatórios que incluíam a "reabilitação"com trabalho físico. E ela podia durar anos.

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