Caçadores em Wisconsin, nos Estados Unidos, mataram 216 lobos cinzentos na semana passada durante a temporada oficial de caça à espécie — mais de 82% acima da cota declarada pelas autoridades, gerando revolta entre conservacionistas. A Wolf Conservation Center, entidade ambientalista, mostrou-se chocada e disparou que os "lobos não são troféus", destacando que muitos filhotes ficaram órfãos. As informações são do Extra.
De acordo com relatórios, a matança ocorreu em menos de 60 horas, excedendo rapidamente o limite declarado em todo o estado de Wisconsin, que é de 119 animais. Como resultado, o Departamento de Recursos Naturais de Wisconsin encerrou a temporada, que estava programada para durar uma semana, quatro dias antes.
Embora os funcionários do departamento tenham ficado supostamente surpresos com o número de lobos cinzentos mortos, eles descreveram a população como "robusta e resiliente" e expressaram confiança em administrar os números "de forma adequada daqui para frente", segundo reportagem do "Guardian".
A maioria dos animais foi morta por caçadores que usavam "cães de caça", relatou o "Milwaukee Journal Sentinel". Outros foram capturados em armadilhas. O alto número de animais abatidos foi facilitado pela lei de Wisconsin que exige aviso prévio de 24 horas para o encerramento da temporada, em vez de notificação imediata.
Funcionários do Departamento de Recursos Naturais concederam 1.547 licenças nesta temporada, cerca de 13 caçadores por lobo abaixo de acordo com a cota. Isso equivale a duas vezes mais autorizações do que o normal, o que marcou a maior proporção de qualquer temporada até agora.
Inicialmente, autoridades estaduais tinham uma meta de abate de 200 lobos, em uma tentativa de estabilizar a população da espécie. Como as tribos nativas americanas reivindicaram uma cota de 81 lobos, isso deixou 119 para os caçadores licenciados pelo estado. Porém, como as tribos consideram os lobos sagrados, eles normalmente usam sua atribuição para protegê-los, não matá-los.