Há quem diga que sexo e negócios não devem andar juntos, mas essa é a proposta para romances em que o poder financeiro é o principal atrativo. Em sites de encontros, homens endinheirados, conhecidos como sugar daddies, investem alto para conquistar parceiras jovens e ambiciosas, as chamadas sugar babies. No Distrito Federal, 96 mil pessoas estão cadastradas para colocar a modalidade de relação em prática.
Empresários de sucesso, servidores públicos do alto escalão dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além de advogados milionários integram o grupo de 28,8 mil brasilienses dispostos a gastar fortunas para ter uma sugar baby. O nível de exigência é tão alto quanto a conta bancária dos candidatos. Ao todo, 6.048 sugar daddies afirmaram em seus cadastros dispor de patrimônio avaliado em cerca de R$ 50 milhões.
O Metrópoles obteve um raio-X do perfil dos usuários da plataforma que vivem na capital da República. Engana-se quem aposta que a maioria dos sugar daddies tem idade avançada. De acordo com o levantamento, 30,1% estão na faixa etária compreendida entre 32 e 41 anos. Outros 21,2 % têm entre 23 e 31 anos, e 48,6% dos homens cadastrados estão na faixa compreendida entre 42 e 65 anos.
O perfil das mulheres que recheiam o site procurando por um homem que proporcione segurança financeira, presentes, viagens e tudo o que o dinheiro possa comprar também é específico. Segundo o mapeamento feito pela plataforma digital, no DF existem 67,2 mil sugar babies à disposição dos daddies. A maioria delas, exatamente 45.353, é universitária e representa 65,3% do total de inscritas.
A juventude predomina entre as mulheres que compõem o grupo de interessadas em manter uma relação sugar. Quase 64% delas têm idade entre 18 e 24 anos. O restante está na faixa etária de 25 a 35 anos. No grupo, ainda há um universo de 19.104 garotas que relataram ter filhos. No entanto, todas revelaram que o maior desejo é poder desfrutar de uma vida de luxo, além de ter todas as contas pagas pelos daddies.