Homem compra quadro no cartão de crédito para conseguir milhas

Poderá viajar de Londres a New York na primeira classe 733 vezes

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Quando você é bilionário, pagar uma passagem aérea a mais ou a menos não faz a mínima diferença, certo? Nada disso. O magnata chinês Liu Yiqian, de 52 anos, pode até ter gastado US$ 170 milhões (o equivalente a R$ 635 milhões) em um quadro do italiano Amedeo Modigliani, mas fez questão de garantir seus pontos no cartão crédito. Segundo a esposa do ricaço, Wang Wei, o marido fez um plano de pagamento de um ano pelo American Express (ou seja, o famoso "parcela em 12 vezes").

"Fizemos um plano de pagamento de um ano pela pintura", afirmou Wang Wei ao New York Times. "Se tivéssemos que dar em dinheiro de cara, seria um pouco difícil para nós. Tipo, quem tem dinheiro para isso?"

No ano passado, Liu já usou seu American Express para pagar US$ 36 milhões por uma rara tigela da dinastia Ming, feita 500 anos atrás. De acordo com a Bloomberg, a compra gerou 422 milhões pontos no cartão naquela época — 28 milhões de milhas.Partindo do mesmo cálculo, a mais recente aquisição do chinês pode ter rendido dois bilhões de pontos em seu cartão, ou 132 milhões de milhas em voos. Haja viagens. Se quiser, Liu agora pode viajar de Londres a Nova York na primeira classe 733 vezes sem pagar. No entanto, um porta-voz da American Express não quis confirmar ao site Daily Mail o número de pontos acumulados.

Liu Yiqian não foi sempre rico. Antes de se tornar um investidor bem-sucedido, trabalhou como taxista quando era mais novo. A obra adquirida por ele, que ultrapassou as expectativas da casa de casa de leilões Christie's de US$ 100 milhões, é um dos últimos trabalhos da carreira tragicamente curta de Modigliani.

A pintura "Nu couché" provocou escândalo quando foi exibida pela primeira vez em Paris. Não foi o único nu do italiano, mas é o mais desinibido pela postura da modelo, que mostra seu corpo deitado com as pernas e braços abertos. Superou o "Nu couché" em preço apenas a pintura "Mulheres de Argel", de Pablo Picasso, que estabeleceu o recorde de maior valor já pago por uma obra de arte em um leilão — a Christie's vendeu o quadro em maio por US$ 179,4 milhões.

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