Atleta paralímpica escolhe ficar paraplégica para seguir com a gravidez da sua filha

Mônica da Silva Santos, que compete em esgrima em cadeira de rodas, foi diagnosticada com um angioma medular durante a gravidez que comprimiu sua coluna.

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Jogos Paralímpicos de Paris- Estão a todo vapor e o Brasil está cheio de atletas talentosos para representar o país em diversos esportes. Na esgrima em cadeira de rodas, a Mônica da Silva Santos, de 41 anos, compete a partir de terça-feira (3 de setembro). Ela é a primeira mulher brasileira a ser campeã de um torneio internacional (foi ouro no florete no Regional das Américas 2015), é uma das esperanças de medalha para o Brasil. Ela está fazendo uma vaquinha para comprar uma cadeira de rodas para treinar e melhorar sua qualidade de vida. 

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Superação e amor- A história de Mônica é cheia de muita coragem e superação. Ela escolheu ficar paraplégica aos 19 anos, nos anos de 2002, para seguir com a gravidez da sua filha Paolla, hoje com 21 anos. Tudo começou quando, de noite para o dia, ela parou de andar. "Eu estava já casada, a gente estava tentando ter filhos. Eu tentei levantar uma manhã e não consegui. E aí comecei a rir e dizer para o meu marido que eu não estava conseguindo. Aí ele veio até mim, eu pegava nos ombros dele, tentava levantar e não consegui", lembra Mônica, em entrevista.

Decisão - Elas decidiram ir para um hospital na cidade onde moram, em Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul. "Eles fizeram vários exames que só ficariam prontos na semana seguinte. O médico achou que era anemia e disse para eu repousar e me alimentar bem, porque minha pressão estava normal, os batimentos estavam certinhos e não estava com dor", diz. Preocupada e sem uma resposta, ela decidiu ir para outro hospital, em Porto Alegre.

"No primeiro exame de sangue, eu descobri que estava grávida", recorda. A notícia trouxe um a mistura de sentimentos. "Eu estava no hospital, sem andar e sem saber o que eu tinha, mas mega feliz que eu estava grávida", diz. Ela continuou fazendo todo tipo de exame que os médicos pediam, mas devido à gravidez, tinham alguns que ela precisava esperar para fazer. "Eu esperei fechar quatro meses de gestação para poder fazer o cateterismo na medula [exame para diagnosticar anomalias dos vasos sanguíneos da medula espinhal] e veio o diagnóstico que eu tinha um angioma medular que eu tinha desde nascença, foi uma malformação, e ele ia se manifestar quando eu parasse de menstruar: quando eu engravidasse ou quando eu entrasse na menopausa", explica.

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