Arqueólogos descobrem novo túmulo da civilização Inca no Peru

Os pesquisadores acreditam que a pessoa tenha sido enterrada com alguns acompanhantes.

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Arqueólogos descobriram um novo túmulo pertencente à civilização inca. Localizada a 1.000 km ao norte de Lima (capital do Peru), a estrutura integra o sítio arqueológico de Mata Indio e tem mais de 500 anos. Os exploradores relataram que a cripta é toda enfeitada com conchas de moluscos do gênero Spondylus, o que indica que a pessoa enterrada ali deve ter sido importante, visto que esses animais eram valiosos.

Os pesquisadores acreditam que a pessoa tenha sido enterrada com alguns acompanhantes. Até o momento, foram encontrados cinco adultos e quatro crianças que provavelmente foram sacrificados. Uma prova disso seria a posição em que os pequenos foram enterrados: abaixo do chão de pedra do túmulo e alinhados de leste a oeste. “Isso tinha significado simbólico”, explica o arqueólogo Alfredo Nuñez.

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A construção apresenta sinais de que foi arrombada e saqueada algumas vezes ao longo dos últimos séculos, pois tem nichos vazios que devem ter sido projetados para acomodar imagens de divindades. Mesmo assim, os cientistas conseguiram encontrar alguns objetos que permitiram a datação da tumba, como vasos. 

A importância da descoberta

De acordo com Luis Chero Zurita, diretor do Museu Huaca Rajada-Sipan, o local onde a cripta foi encontrada era importante para o Império Inca por conta da proximidade com o Rio Zaña. Em entrevista à Andina, agência local de notícias, o arqueólogo comparou a região ao Vale dos Reis, que fica na margem oeste do Rio Nilo e foi fundamental para o desenvolvimento da civilização egípcia na Antiguidade.

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Com 60 m², o túmulo é o maior encontrado até o momento na região e uma das maiores construções para fins funerários já descobertas no país. Porém, Nuñez notou que ela não é semelhante às que existem em outros locais: “Foi escavada uma estrutura grande o suficiente para abrigar o morto e os seus companheiros, além de oferendas nos entornos deles e em nichos”.

Os cientistas acreditam que a região fazia parte do império há apenas 50 anos antes da chegada dos espanhóis. Como fica longe de Cusco, a antiga capital, o túmulo pode ser uma pista de como os incas lidavam com suas províncias. A aposta é que mandavam membros da elite para tomar conta desses lugares e incorporavam elementos das culturas locais. Entretanto, esse é um assunto que ainda precisa ser investigado.

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